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Programa Preescolar en la Casa (PelCa) em Comunidades Pobres de Quito
Programa Preescolar en la Casa (PelCa) em Comunidades Pobres de Quito
Qual o objetivo?
Apoiar a construção da autoestima de mulheres, o seu empoderamento frente a processos decisórios na família e na comunidade, e uma relação mais responsiva com seus bebês e crianças.
Onde e quando?
O programa Preescolar en la Casa foi desenvolvido e implementado pela ONG Association of Volunteers in International Service (AVIS), em uma parceria com a Fundación Sembrar, a partir de 2005, em bairros pobres de Quito, no Equador. Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags da página são formas tipicamente escolhidas para contornar esse problema! que utiliza dados de inscritos no programa em 2012.
Como é o desenho?
O programa teve por foco crianças de 0 a 5 anos de famílias em áreas de vulnerabilidade e foi implementado em um centro comunitário ligado à ONG AVIS.
Foram realizadas reuniões quinzenais de 2 horas, para grupos de 6 a 8 mães, acompanhadas por suas filhas e filhos. Na primeira parte da reunião, as crianças brincavam em conjunto enquanto as mães liam e discutiam materiais desenvolvidos pela ONG sobre temas ligados a empoderamento, como autocuidado e consciência de suas próprias capacidades, e crescimento pessoal – incluindo investimentos futuros em capital humano.
A segunda parte era estruturada em torno das próprias interações entre mães e filhos, com atividades de brincadeira com fantoches ou blocos de construção.
Na última parte, os orientadores familiares ligados à ONG monitoravam o progresso feito por cada criança e conversavam com as cuidadoras sobre atividades de estimulação infantil realizadas em casa nas últimas semanas, com base em material de sugestões distribuído no início do programa.
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa nos dois anos subsequentes à sua implementação:
- aumento de 42% (ou 21 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa aumento de 50% (=5/10).) na taxa de mulheres que tinham um emprego e de 15% nos rendimentos auferidos no mercado de trabalho [1];
- aumento de 25% a 32% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 — isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100 indivíduos. em um indicador de independência e empoderamento financeiro, construído a partir de informação autoreportada sobre gestão do próprio dinheiro, gestão do tempo dispendido em atividades de trabalho e participação em atividades de estudo e capacitação, no mesmo horizonte temporal [1];
- aumento de 8,5 a 9,3% de um desvio padrão em um indicador de independência e empoderamento diante de processos decisórios domésticos, construído a partir de informação autorreportada sobre o próprio papel em decisões de escolarização dos filhos, disciplina, gastos gerais e com comida, planejamento familiar e saúde reprodutiva, entre outros [1];
- não foram encontrados efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. sobre um indicador de habilidades socioemocionais das mães, contendo informação sobre autoestima, autogestão, amabilidade, resiliência emocional e engajamento com os outros [1];
- aumento de 17% de um desvio-padrão em um indicador de frequência de interações e atividades com a criança, como o engajamento com as suas leituras e brincadeiras em casa [1];
- aumento de 12% de um desvio-padrão nas notas em um exame padronizado de Matemática e Língua Espanhola das filhas e filhos das mães contempladas, no mesmo horizonte temporal [1];
- redução de 73% (ou 6,2 pontos percentuais) na taxa de crianças contempladas que tinham repetido algum ano e de 83% (ou 3,5 pontos percentuais) na taxa das que tinham abandonado temporariamente a escola pelo menos uma vez [1];
- aumento de 19% em um indicador de atitudes e engajamento da criança com a vida escolar, no mesmo horizonte temporal, embora não tenham sido encontrados efeitos estatisticamente significantes sobre frequência escolar e comportamento em sala [1].
Quais as fontes bibliográficas dessa informação?
- Lavy, V., Lotti, G. & Yan, Z. (2022) Empowering Mothers and Enhancing Early Childhood Investment: Effect on Adults’ Outcomes and Children’s Cognitive and Noncognitive Skills. Journal of Human Resources, 57(3), 821-867.
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Indicador afetado
Aprendizado de LínguaAprendizado de MatemáticaAprovação e reprovaçãoAtividades domésticas de estimulação cognitiva na primeira infânciaComportamento em finanças pessoaisComportamento em sala de aula ou na escolaEmpoderamento femininoEmpoderamento financeiroEmpregoEngajamento com a sociedade civilEvasão e abandonoHabilidades socioemocionaisNotas em exames padronizadosParticipação no mercado de trabalhoVínculo formal de trabalhoTipo de programa
Apoio à parentalidadeAprimoramento das competências parentais na primeira infânciaProgramas de estímulo à mudança em normas sociais tradicionaisElementos
Centros educacionaisSessões de aprendizado prático de brincadeirasSessões grupais de troca de experiências parentaisPúblico-alvo
Crianças de 0 a 5 anosFamílias em situação de pobrezaFamílias em situação de vulnerabilidade socialMoradores de comunidades urbanas ou favelasRegião
América LatinaPaís
EquadorEstamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.
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