Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a você a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.
Programa LENA Start e Apoio ao Desenvolvimento da Linguagem na Primeira Infância na Filadélfia
Programa LENA Start e Apoio ao Desenvolvimento da Linguagem na Primeira Infância na Filadélfia
Qual o objetivo?
Enriquecer o ambiente linguístico de crianças de famílias de baixa renda.
Onde e quando?
O LENA Start foi desenvolvido pela LENA Foundation durante a década de 2010. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". implementado em 2017, nos Estados Unidos, envolvendo 289 famílias acompanhadas por rodadas sucessivas de coletas de dados pelo estudo Philadelphia Human Development.
Como é o desenho?
A implementação teve como foco famílias com crianças de menos de 33 meses. A ideia central foi fornecer meios para que os cuidadores primários aumentassem a quantidade e aprimorassem a qualidade dos estímulos linguísticos no ambiente doméstico. Para tanto, o programa reuniu semanalmente, por 13 semanas, grupos de 10 a 20 famílias e baseou-se em quatro componentes centrais.
O primeiro componente foi de transmitir informações capazes de sensibilizar os cuidadores e mudar percepções subjetivas sobre a importância do ambiente linguístico para o desenvolvimento infantil. Assim, por exemplo, os encontros apresentaram aos participantes os resultados do experimento still face, replicado em múltiplos contextos, que ilustra como bebês tentam múltiplas formas de contato com suas mães, usando expressões faciais e gestos específicos.
O segundo componente apresentou dicas para que os cuidadores conseguissem incorporar estímulos linguísticos no dia a dia, sem alterar drasticamente suas rotinas. Essas dicas foram transmitidas por vídeos que, na sequência, foram discutidos pelos grupos. Além disso, os facilitadores do programa encorajaram os cuidadores a trocarem experiências próprias de formas de comunicação com os bebês e crianças. As dicas enfatizaram, em particular, dois temas:
-
- atenção compartilhada, que preconiza a construção ativa de situações que permitem que a criança associe sentido a enunciados comunicativos e aprimore a sua compreensão oral e vocabulário – em particular, quando os enunciados envolvem contextos e objetos do universo de interesse da criança;
- reformulação de fala (ou reformulação corretiva), que ocorre quando um adulto repete o que é dito por uma criança usando linguagem que, do ponto de vista semântico, é mais precisa e, do ponto de vista sintático, mais correta.
Os encontros trouxeram esses ingredientes tanto em situações cotidianas, quanto em atividades de leitura com as crianças.
O terceiro componente do programa foi a distribuição de um gravador às famílias, que foram instruídas a usá-lo por 1 dia na semana como um instrumento de acompanhamento do desenvolvimento das crianças. Este gravador permitia usar os dados coletados a um software desenvolvido pelo LENA Foundation, que criava uma devolutiva em formato de relatório de 1 página (ver figura abaixo) contendo:
- o número de palavras utilizadas na interação com a criança, no dia e por hora do dia de gravação;
- revezamentos de fala, também no dia e por hora do dia de gravação;
- tempo total de uso de TV e outros recursos eletrônicos.
Por fim, o último componente do programa foi a aplicação mensal do Developmental Snapshot, um instrumento que visava descrever o desenvolvimento da linguagem dos bebês e crianças, usando informação autorreportada pelos cuidadores. Esse instrumento permitia entender em qual ponto da distribuição de desempenho a criança estava, quando comparada a crianças de mesma idade.
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto causal:
- 2 a cada 3 famílias convidadas a participarem das sessões semanais organizadas pelo programa participaram de pelo menos 1 sessão [1];
- aumento de 29% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 — isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100 indivíduos. em um indicador do conhecimento dos cuidadores sobre o desenvolvimento da linguagem na primeira infância e aumento de 31% a 45% de um desvio-padrão em um indicador de percepções subjetivas sobre a importância do ambiente linguístico da criança para o desenvolvimento da linguagem na primeira infância [1];
- não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. em um indicador de autoeficácia nem em um indicador da sensação de apoio social por parte das cuidadoras [1];
- aumento de 13% a 31% de um desvio-padrão em um indicador de revezamentos de fala, com diferenças que resultam de uma tendência maior das crianças de famílias contempladas pelo programa de iniciarem, elas mesmas, conversas com adultos [1];
- não foram encontradas evidências de que a iniciativa tenha tido efeito sobre o tempo total de uso de TV e outros recursos eletrônicos [1].
Quais as fontes bibliográficas dessa informação?
- Cunha, F., Gerdes, M., Hu, Q., & Nihtianova, S. (2024). Language Environment and Maternal Expectations: An Evaluation of the LENA Start Program. Journal of Human Capital, 18(1), 105-139.
Vídeos
Eixos de busca
Indicador afetado
Apoio socialAtividades domésticas de estimulação cognitiva na primeira infânciaAutoeficáciaConhecimento sobre etapas do desenvolvimento infantilPercepções subjetivas sobre a importância de atividades de estímulo na primeira infânciaTurnos ou revezamentos de falaUso de TV e outros recursos eletrônicos por criançasElementos
Distribuição de livros didáticos ou para leitura em casaInformação sobre práticas parentais responsivasSessões grupais de troca de experiências parentaisRegião
América do NortePaís
Estados UnidosEstamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.
Políticas e Programas Relacionados
Programa Reach Up and Learn de Visitas Domiciliares para Estimulação e Desenvolvimento na Primeira Infância na Jamaica
Aumentar os estímulos ao desenvolvimento durante a primeira infância e aprimorar a nutrição para mitigar os efeitos da pobreza sobre o desenvolvimento infantil.
Programa Abecedarian de Apoio ao Desenvolvimento Infantil na Carolina do Norte
Quebrar o vínculo entre a pobreza infantil e o baixo aproveitamento escolar, promovendo o desenvolvimento intelectual, social e físico de crianças em idade pré-escolar em contextos de vulnerabilidade social.
Programa de Visitas Domiciliares no Primeiro Ano de Vida na Dinamarca
Universalizar o acesso à atenção primária à saúde durante o primeiro ano de vida.