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Programa Piso Firme de Cimentação de Moradias no México

Publicado em 20/10/2022 Atualizado em 15/07/2024
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Qual o objetivo?

Aprimorar as condições de moradia de grupos vulneráveis em comunidades urbanas e favelas, e em áreas rurais.

Onde e quando?

O programa foi implementado a partir de 2000 no estado de Coahuila, no México, como política pública local.¹ Os resultados apresentados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags da página são formas tipicamente escolhidas para contornar esse problema! nos municípios de Torreón e Lerdo.

Como é o desenho?

O Piso Firme atuou identificando proprietários de casas que tinham chão de terra, e financiou a compra e o fornecimento gratuito de concreto para cimentação de até 50 metros quadrados da área total das casas contempladas pelo programa. Os beneficiários foram informados da data de entrega e solicitados a preparar os cômodos seguindo um conjunto de especificações técnicas. O cimento foi, então, entregue por caminhões financiados pelo poder público e a aplicação foi feita por moradores da casa ou por voluntários da comunidade.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do Piso Firme:

  • aumento de 28% a 29% na parcela dos cômodos das casas contempladas que tinham chão de cimento, com aumento particularmente pronunciado na parcela de casas com cozinhas (38 a 39%) e quartos (36 a 37%) que tinham chão de cimento, de 2 a 4 anos após a chegada do programa [1];
  • redução de 19% a 20% na prevalência de infecções parasitárias em crianças de até 6 anos, redução de 13% a 14% na taxa de crianças da mesma idade com diarreia e redução de 19% a 20% na taxa de crianças com anemia que moravam nas casas contempladas, também de 2 a 4 anos após a chegada do programa [1];
  • aumento de 21% a 30% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 - isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100. em um indicador de desenvolvimento de linguagem (comunicação) em crianças de 1 até 3 anos e aumento de 9% a 10% em um indicador de desenvolvimento de linguagem (vocabulário) em crianças de 3 a 6 anos que moravam nas casas contempladas, no mesmo horizonte temporal dos resultados acima [1];
  • não foram encontrados efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. sobre indicadores de desenvolvimento físico em crianças de menos de 6 anos, como índices normalizados de peso por altura ou de altura por idade, também no mesmo horizonte temporal [1];
  • aumento de 19% em um indicador de bem-estar e satisfação com a vida, e redução de 13% e 11% em indicadores de depressão e estresse, respectivamente, construídos com informação provida pelas mães das crianças descritas acima [1].
  1. A partir de 2003, o programa foi escalonado para todo o território nacional e, em 2005, tinha chegado a aproximadamente 300.000 domicílios, ou 10% dos domicílios do país que tinham informado ter chão de terra no Censo de 2000.

Quais as fontes bibliográficas dessa informação?

  1. Cattaneo, M. D., Galiani, S., Gertler, P. J., Martinez, S., & Titiunik, R. (2009). Housing, Health, and Happiness. American Economic Journal: Economic Policy, 1(1), 75-105.

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