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Programa de Reforço de Férias para Alunos com Baixo Desempenho em Chicago
Programa de Reforço de Férias para Alunos com Baixo Desempenho em Chicago
Qual era o objetivo?
Diminuir a ocorrência de aprovações automáticas de alunos, introduzindo um sistema que pudesse nivelar seu aprendizado antes da progressão para o próximo ano.
Onde e quando?
O programa foi implementado, em 1996, em todas as escolas públicas de Chicago. As informações abaixo referem-se a uma avaliação de impacto do programa entre os anos de 1996 e 1999, período no qual aproximadamente 50 mil alunos participaram das atividades do programa.
Como era o desenho?
Ao fim do 3º e 6º anos do Ensino Fundamental, foi instituída uma nova prova de avaliação diagnóstica, chamada Iowa Test of Basic Skills. Os alunos que ficaram abaixo de uma determinada pontuação nessa prova (que correspondia ao percentil 20 da distribuição de notas) participaram mandatoriamente de aulas de reforço durante as férias de fim de ano, por 6 semanas consecutivas.
Durante o período, as salas de aula foram relativamente menores do que no ano letivo, com aproximadamente 15 alunos, e um currículo estruturado e mandatório foi dado aos professores responsáveis. Ao final do período de reforço, o desempenho na mesma prova era utilizado como critério de decisão para progressão ou retenção dos alunos participantes.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa:
- aproximadamente 9 em cada 10 alunos do 3º e do 6º ano que não obtiveram a pontuação necessária ao final do ano letivo, frequentaram parcial ou integralmente as aulas de reforço durante as férias [1];
- aumento, também para os alunos do 3º ano, de 14% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável — valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições com um grau alto de simetria em torno da média, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50: caso interpretemos o conjunto de pessoas na amostra como uma fila de 100 pessoas, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 54. Um aumento maior, de 30% de um desvio padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62. nas notas em exames padronizados de Matemática, um ano depois da implementação [1];
- aumento, ainda para os alunos do 3º ano, de 10% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Matemática, dois anos depois da implementação [1];
- aumento, para os alunos do 3º ano, de 10% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura), um ano depois da implementação [1];
- aumento, para os alunos do 3º ano, de 6% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura), dois anos depois da implementação [1];
- aumento, para os alunos do 6º ano, de 8% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Matemática, um ano depois da implementação, embora este efeito tenha se dissipado dois anos depois da implementação [1];
- não foram encontradas evidências de impacto nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura) para alunos do 6º ano, nos mesmos horizontes temporais [1].
Quais as fontes da informação?
- Jacob, B. A., & Lefgren, L. (2004). Remedial Education and Student Achievement: A Regression-Discontinuity Analysis. Review of Economics and Statistics, 86 (1), 226–244.
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