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Programa de Mentoria Big Brothers Big Sisters nos Estados Unidos
Programa de Mentoria Big Brothers Big Sisters nos Estados Unidos
Qual o objetivo?
Facilitar a formação de vínculos significativos entre jovens em situação de vulnerabilidade social e voluntários adultos, capazes de fornecer atenção e suporte.
Onde e quando?
O programa Big Brothers Big Sisters (BBBS) foi criado nos Estados Unidos por uma organização homônima, em 1904 em Nova Iorque. Ele foi implementado, para fins de avaliação, nos anos 1991 a 1993 por algumas das maiores agências ligadas à fundação, em estados como Texas, Ohio, Minnesota, Filadélfia, Nova York, Kansas e Arizona.
Como é o desenho?
O BBBS conectou crianças e adolescentes de 10 a 16 anos oriundos de famílias monoparentais com adultos voluntários que assumiram a função de mentores e, em última instância, o papel de amigos dos jovens. Os mentores encontraram-se com os jovens mentorados ao longo de um ano, aproximadamente 3 vezes por mês, durante 3 a 4 horas. O papel do mentor foi de apoiar os jovens em seus esforços, em vez de mudar explicitamente o seu comportamento ou, ainda menos, seu temperamento ou caráter. Embora estes mentores tivessem flexibilidade nas suas atividades, o programa enfatizava alguns objetivos principais, como prover enriquecimento social, cultural e de lazer na vida dos jovens contemplados, e melhorar a visão que eles tinham de si mesmos e sua motivação.
O programa foi implementado com amplo apoio da organização BBBS, que cumpriu diversas funções de triagem e supervisão. Antes do início das atividades, os voluntários foram avaliados em diversos critérios, como comprometimento com o programa e a existência de possíveis riscos aos jovens na formação de vínculos que não fossem construtivos ou positivos. Já do lado das crianças e seus familiares, foi preciso garantir que ambos realmente estivessem interessados na mentoria. Em seguida, os voluntários receberam diversas orientações e treinamentos, que visaram estimular as habilidades de comunicação e de construção de relacionamentos. Durante todo o tempo de mentoria, houve também supervisão estreita e apoio por profissionais ligados à organização, que fizeram contatos frequentes com os voluntários, jovens e seus responsáveis, e forneceram assistência, quando solicitada, diante de dificuldades de implementação.
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo publicado e no artigo para discussão listados na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal do programa entre jovens que foram conectados a um mentor:
- redução de 46% na taxa de jovens que revelaram ter começado a usar drogas e de 27% na taxa de jovens que revelaram ter começado a consumir álcool, aproximadamente 6 meses depois do fim do programa [1,2];
- redução de 32% no número de vezes que estes jovens relataram bater em outra pessoa no ano anterior, aproximadamente 6 meses depois do fim do programa [1,2];
- embora tenha havido redução da frequência de envolvimento com crimes (roubo e dano à propriedade) no mesmo horizonte temporal, os resultados não são estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. [1,2];
- aumento de 6% nas notas de provas na escola, entre meninas [1,2];
- aumento de 24%, entre meninas, no número de horas semanais dedicadas a atividades extraescolares de cunho social ou cultural – como aulas, voluntariado, eventos esportivos, peças de teatro, museus e atividades ao ar livre -, também aproximadamente 6 meses após o fim do programa [1,2];
- não há evidências fortes de que o programa tenha tido efeito sobre habilidades socioemocionais, como autoimagem e confiança, ainda medidas aproximadamente 6 meses após o fim do programa [1,2].
Quais as fontes bibliográficas dessa informação?
- Grossman, J. B., & Tierney, J. P. (1998). Does Mentoring Work? An Impact Study of the Big Brothers Big Sisters Program. Evaluation Review, 22(3), 403-426.
- Kautz, T., Heckman, J. J., Diris, R., Ter Weel, B., & Borghans, L. (2014). Fostering and Measuring Skills: Improving Cognitive and Noncognitive Skills to Promote Lifetime Success. NBER Working Paper.
Eixos de busca
Indicador afetado
Atividades extracurricularesComportamentos impulsivos ou agressivosConsumo de álcoolConsumo de drogasEnvolvimento com crimeHabilidades socioemocionaisNotas em provas na escolaTipo de programa
Mentoria e modelos de inspiraçãoPúblico-alvo
Adolescentes de 11 a 19 anosAlunos do Ensino Fundamental IIAlunos do Ensino MédioCrianças de 6 a 10 anosRegião
América do NortePaís
Estados UnidosEstamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.
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