Extensão da Duração da Licença Maternidade na Suécia em 1989
Extensão da Duração da Licença Maternidade na Suécia em 1989
Qual era o objetivo?
Encorajar as mães a passarem mais tempo com sua filha ou filho nos primeiros anos de vida e, com isso, estimular o desenvolvimento infantil.
Onde e quando?
A medida foi implementada em 1989 pelo governo da Suécia. Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição dos indivíduos à política ou ao programa social, baseando-se na observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, que frequentemente recebe o nome de "experimento natural" ou "quase-experimento", diferenças entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais entre o programa e resultados de interesse. Estudos observacionais se apoiam nas metodologias modernas de inferência causal para contornar esse problema, construindo contrafactuais convincentes. que utiliza dados de crianças que nasceram em datas próximas à instauração do novo sistema de benefícios.
Como era o desenho?
A reforma aumentou de 12 para 15 meses o período de licença remunerada com proteção ao emprego. A remuneração salarial durante esse período era e continuou sendo fixada em 90% do salário médio nos meses anteriores à saída de licença.
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal da medida de extensão:
- não foram encontradas evidências de que os rendimentos auferidos pelas mães afetadas pela reforma no mercado de trabalho tenham aumentado, no horizonte de 3 e de 7 anos [1];
- também não foram encontradas evidências de que a reforma tenha tido efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. sobre a incidência de problemas graves de saúde mental que requereram hospitalização, entre as mães afetadas, no mesmo horizonte dos resultados acima [1];
- além disso, não foram encontradas evidências de mudanças na taxa de crianças expostas à reforma que foram hospitalizadas, no horizonte de 3, 6 e 16 anos após a saída em licença [1];
- não foram encontradas evidências, em média, de efeitos estatisticamente significantes ou quantitativamente relevantes nas notas em exames padronizados de Matemática, Língua Sueca ou Língua Inglesa, aplicados quando os bebês expostas à reforma tinham aproximadamente 16 anos, ou na nota média global no mesmo horizonte temporal [1];
- no entanto, há evidências de melhorias em indicadores educacionais para filhos de mães que tinham frequentado o ensino superior: para esse grupo houve, por exemplo, aumento de 1,6% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável —valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Uma forma de interpretar efeitos medidos na escala de desvios-padrão, que é usada para tornar comparáveis provas usadas em diferentes contextos, é: "A cada aumento de 10% de um desvio-padrão equivale, aproximadamente, um salto de 4 posições a partir do aluno mediano (isto é, na posição 50)". Um aumento de 30% de um desvio-padrão, por exemplo, equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62 (isto é, 30%/10% x 4 posições). Essas aproximações se tornam menos precisas para efeitos muito grandes. em Matemática, de 1,3% de um desvio-padrão em Língua Sueca e de 1,3% de um desvio-padrão em Língua Inglesa, no exame padronizado descrito acima [1];
Quais as fontes da informação?
- Liu, Q., & Skans, O. N. (2010). The Duration of Paid Parental Leave and Children’s Scholastic Performance. The BE Journal of Economic Analysis & Policy, 10(1), 1-33.
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