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Programa Oportunidades y Desarrollo para Evitar Riesgos (PODER) no México

Publicado em 02/01/2023 Atualizado em 17/11/2025
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Qual era o objetivo?

Diminuir as taxas de evasão escolar.

Onde e quando?

O Programa Oportunidades y Desarrollo para Evitar Riesgos (PODER) foi desenvolvido pela Secretaría de Educación Pública, por pesquisadores de psicologia da Universidad Nacional Autónoma de México e pelo Banco Mundial, no primeiro semestre de 2016. As informações abaixo referem-se a uma implementação-piloto do programa, no ano letivo mexicano de 2016-2017, na Cidade do México, em um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo uma amostra representativa de 20 escolas públicas federais e de aproximadamente 5.000 alunos.

Como era o desenho?

O programa teve como foco alunos matriculados no 1° ano do ensino médio, considerados em alto risco de evasão escolar por um algoritmo que usava aprendizado de máquina.

As atividades do programa foram implementadas pelos professores das escolas participantes e consistiram em:

  1. 20 sessões semanais, no contraturno, com o objetivo de aumentar o engajamento dos jovens com a vida escolar e de estimular o desenvolvimento de estratégias para lidar com conflitos, embasadas por princípios da terapia cognitivo-comportamental;
  2. 10 sessões semanais de tutoria em Matemática, também no contraturno.

O processo de elaboração de conteúdo contou com o apoio da ONG Youth Guidance, responsável pela implementação do programa escolar Becoming a Man de terapia cognitivo-comportamental em Chicago. Para viabilizar a implementação, os professores das escolas participantes receberam sessões de treinamento para ambas as atividades e um certificado de participação. As sessões sobre práticas de terapia cognitivo-comportamental duraram aproximadamente 30 horas. Já as sessões de treinamento em tutoria incluíram duas semanas de preparação online e 3 dias de treinamento presencial.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo para discussão listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto do programa:

  • houve, de maneira geral, baixa adesão dos alunos às atividades instauradas pelo PODER na rotina escolar:
    • 3 a cada 10 alunos frequentaram alguma sessão de terapia cognitivo-comportamental durante a implementação [1];
    • apenas 5 a cada 100 alunos frequentaram alguma sessão de tutoria em Matemática [1]
  • mesmo com essa baixa adesão, houve aumento de 17% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável —valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Uma forma de interpretar efeitos medidos na escala de desvios-padrão, que é usada para tornar comparáveis provas usadas em diferentes contextos, é: "A cada aumento de 10% de um desvio-padrão equivale, aproximadamente, um salto de 4 posições a partir do aluno mediano (isto é, na posição 50)". Um aumento de 30% de um desvio-padrão, por exemplo, equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62 (isto é, 30%/10% x 4 posições). Essas aproximações se tornam menos precisas para efeitos muito grandes. em um indicador de habilidades socioemocionais, construído a partir de informação autorreportada sobre perseverança, autocontrole emocional e características do processo de tomada de decisão, ao final do período de implementação do programa [1];
  • no entanto, não foram encontrados efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. em outro indicador de habilidades socioemocionais, também ao fim do período de implementação, construído a partir de informação autorreportada sobre habilidades de gestão de estresse e capacidade de adaptação a regras em novas situações [1];
  • não foram encontradas evidências de que o programa tenha tido efeitos positivos nas notas em um exame padronizado de Matemática, no mesmo horizonte temporal do resultado acima, ou na taxa de alunos que se matricularam no 2° ano no ano seguinte [1].
  1. Em uma pesquisa aplicada aos professores, oito em cada dez revelaram acreditar que os conteúdos trabalhados nas sessões de terapia cognitivo-comportamental eram importantes para os alunos e inovadores. Além disso, muitos diretores sugeriram, em grupos focais, que o programa fosse incorporado ao currículo escolar e implementado fora do contraturno, como forma de aumentar a adesão às suas atividades.

Quais as fontes da informação?

  1. Avitabile, C., Cuevas, J., De Hoyos Navarro, R. E., & Jamison, J. C. (2019). Addressing High School Dropouts with a Scalable Intervention: The case of PODER. World Bank Policy Research Working Paper.
Imds | Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social
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