Tipos de Treino em Segmentação Fonêmica e Decodificação em Escolas de Nova Iorque

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Tipos de Treino em Segmentação Fonêmica e Decodificação em Escolas de Nova Iorque

Publicado em 04/09/2025 Atualizado em 09/09/2025
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Qual era o objetivo?

Entender as melhores formas de sedimentar habilidades de decodificação na memória de crianças em processo de alfabetização.

Onde e quando?

A iniciativa foi implementada no fim dos anos 2000, em 2 pré-escolas privadas no estado de Nova Iorque, Estados Unidos, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo 60 crianças com idade média de 4,9 anos.

Como era o desenho?

A ideia central do estudo foi instaurar práticas de treino em decodificação, com apoio direto de imagens de gestos articulatórios, e testar os efeitos dessas práticas sobre a velocidade com que as crianças aprenderiam a ler palavras novas.¹ O treino usou 8 imagens que mostravam diferentes posições da boca e a correspondência com 15 fonemasO fonema é a menor unidade que permite diferenciar o sentido de dois elementos verbais em uma determinada língua. Por exemplo, a existência dos fonemas /v/ e /b/ pode ser apreendida pela diferença entre as palavras “vela” e “bela”. e como usar os gestos articulatórios das imagens e o valor sonoro (nomes e sons associados) das letras para segmentar as palavras faladas nessas unidades sonoras.

O que as evidências sugerem?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto:

  • o conjunto de exercícios teve duração de aproximadamente 2 horas e meia [1];
  • a iniciativa teve impacto positivo em testes de velocidade de aprendizado de leitura de palavras novas, aplicados 7 dias após o fim do período de implementação:
    • as crianças contempladas conseguiram atingir o teto de leitura correta de 6 palavras em 5 rodadas de tentativas seguidas de exercícios para memorização da soletração [1];
    • por outro lado, as crianças que não participaram dos treinos mostraram conseguir ler somente, no máximo, 2 palavras por rodada [1].
  • houve aumento na velocidade de aprendizado de um grupo de alunos que recebeu instrução similar —inclusive no valor sonoro das letras—, mas que omitiu as práticas vinculadas a gestos articulatórios, mas de magnitude menor: os alunos desse grupo atingiram o teto após 8 rodadas de tentativas [1].
  • os resultados sugerem que, nesse contexto, os gestos articulatórios ajudaram a sedimentar as conexões entre fonemas e seus símbolos gráficos na memória [1];
  • por fim, foram encontradas evidências de efeitos positivos em indicadores de memória de trabalhoA memória de trabalho é uma das funções executivas, o conjunto de processos mentais necessários em qualquer atividade que exija dispêndio de atenção e concentração. A memória de trabalho é o sub-conjunto de processos de armazenamento e processamento de informações visuoespaciais e verbais. Quando recrutada com as outras funções executivas, o controle inibitório e a flexibilidade cognitiva, a memória de trabalho permite a realização de tarefas de alto grau de complexidade, como a resolução de problemas e o planejamento de longo prazo. Em testes com crianças, fonológica [1].
  1. A pesquisa foi influenciada pela teoria motora da percepção da fala, segundo a qual os fonemas seriam criados por movimentos articulatórios que representam invariantes em diferentes produções acústicas [2].

Quais as fontes da informação?

  1. Boyer, N., & Ehri, L. C. (2011). Contribution of Phonemic Segmentation Instruction with Letters and Articulation Pictures to Word Reading and Spelling in Beginners. Scientific Studies of Reading, 15(5), 440-470.
  2. Liberman, A. M., & Mattingly, I. G. (1985). The Motor Theory of Speech Perception: A Revision. Cognition, 21(1), 1-36.
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