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Proposal A de 1994 e Mudanças nas Regras de Financiamento Público da Educação em Michigan

Publicado em 14/06/2024 Atualizado em 04/10/2024
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Qual era o objetivo?

Equalizar os gastos de diferentes localidades com educação pública.

Onde e quando?

A medida, chamada Proposal A, foi promulgada em 1994 e implementada a partir de 1995 no estado de Michigan, Estados Unidos. Os resultados abaixo referem-se a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição dos indivíduos à política ou ao programa social, baseando-se na observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, que frequentemente recebe o nome de "experimento natural" ou "quase-experimento", diferenças entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais entre o programa e resultados de interesse. Estudos observacionais se apoiam nas metodologias modernas de inferência causal para contornar esse problema, construindo contrafactuais convincentes. que utiliza dados de aproximadamente 750 mil alunos que passavam pelo 4° ano entre 1995 e 2000, nos 518 diferentes distritos do estado.

Como era o desenho?

O Proposal A estabeleceu um nível mínimo de gastos (chamado de foundation allowance) para os diferentes distritos do estado, que era inversamente proporcional ao nível de gasto por aluno em 1994 e que evoluía ao longo do tempo. Além disso, a medida impôs limites à arrecadação local — por exemplo, por meio de aumentos nos impostos distritais sobre propriedade. Na prática, a reforma induziu variações substanciais no gasto por aluno dos distritos escolares do estado, principalmente entre aqueles com nível menor de gastos em 1994.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal de variações no gasto por aluno induzidas pela reforma:

  • redução de 8,4% (ou 1,8 alunos) no tamanho médio das salas de aula do 4° ao 7° ano e aumento de 2% nos salários dos professores desses anos, para distritos expostos a um aumento de 10% no gasto por aluno entre o 4° e o 7° ano [1];
  • aumento de 6,7% a 9,2% (ou de 3,0 a 4,1 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na taxa de alunos que vieram a se matricular em cursos de ensino superior, no horizonte de até 10 anos após passarem pelo 4° ano, para crianças expostas a um aumento de 10% no gasto por aluno entre o 4° e o 7° ano nos distritos escolares afetados pela reforma [1];
  • aumento de 11% a 17% (ou de 2,3 a 3,4 pontos percentuais) na taxa de alunos que vieram a se matricular em cursos de ensino superior, no horizonte de até 14 anos após passarem pelo 4° ano, ainda para crianças expostas a um aumento de 10% no gasto por aluno entre o 4° e o 7° ano nos distritos escolares afetados pela reforma [1];
  • os efeitos médios descritos acima se realizaram de forma concentrada em distritos escolares que, em 1994, tinham taxas maiores de urbanização, índices menores de pobreza e indicadores agregados mais altos de desempenho escolar [1].

Quais as fontes da informação?

  1. Hyman, J. (2017). Does Money Matter in the Long Run? Effects of School Spending on Educational Attainment. American Economic Journal: Economic Policy, 9(4), 256-280.
Imds | Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social
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