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Programa Teen Options to Prevent Pregnancy (T.O.P.P.) da ONG OhioHealth
Programa Teen Options to Prevent Pregnancy (T.O.P.P.) da ONG OhioHealth
Qual era o objetivo?
Diminuir as chances de que adolescentes que se tornaram mães tivessem outros filhos rapidamente.
Onde e quando?
O Teen Options to Prevent Pregnancy (T.O.P.P.) foi desenvolvido pela ONG OhioHealth no início da década de 2010. As informações abaixo referem-se a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". implementado entre 2011 e 2016, em Columbus, Ohio, envolvendo 598 meninas e adolescentes recrutadas em 7 clínicas de saúde e 5 hospitais ligados à OhioHealth.
Como era o desenho?
O T.O.P.P. teve duração de 1 ano e meio, e foco em adolescentes beneficiárias do Medicaid, de 10 a 19 anos, que estavam com pelo menos 28 semanas de gestação ou haviam dado à luz há menos de 9 semanas.¹ A ideia central do programa era colaborar para a superação de barreiras sistêmicas ao uso efetivo de métodos anticoncepcionais, evitando que esse grupo-alvo engravidasse novamente após a primeira gestação. Para tanto, ele integrou três componentes centrais.
O primeiro consistiu em um esforço de aconselhamento intensivo com relação ao uso de métodos anticoncepcionais e espaçamento entre as gestações, provido por profissionais de saúde ligados à ONG. Por meio de ligações mensais, as profissionais de saúde utilizaram técnicas de entrevista motivacional para fortalecer a motivação pessoal, a autossuficiência e o senso de compromisso diante de objetivos, explorando as razões pessoais das participantes em um diálogo colaborativo, baseado na aceitação e na compaixão. As técnicas de comunicação durante as entrevistas por telefone foram base para a discussão de experiências passadas e percepções sobre contracepção e gravidez, para transmitir conhecimentos sobre os benefícios do espaçamento entre filhos e sobre métodos contraceptivos específicos que pudessem apoiar as participantes em seus objetivos. Sempre que possível, o contato por telefone foi seguido de encontros presenciais, para facilitar a apresentação concreta aos métodos discutidos.
A equipe de profissionais de saúde ligados à OhioHealth participou de um retiro de treinamento de dois dias, focado em técnicas de entrevista motivacional, conduzido pelo consultor especialista do programa antes do seu início. Durante o primeiro ano do programa, continuaram a se reunir semanalmente com o especialista e, após o primeiro ano, os encontros passaram a ocorrer quinzenalmente. Nessas sessões, a equipe continuou recebendo treinamento, revisou gravações de áudio recentes de interações com entrevista motivacional e discutiu os desafios enfrentados na aplicação da técnica.
O segundo componente visou minimizar o papel de barreiras logísticas no acesso a métodos contraceptivos. Para tanto, foi oferecida ajuda financeira com transporte e acesso a uma clínica de saúde da ONG, dirigida por médicos obstetras e ginecologistas. Como as meninas e adolescentes do grupo-alvo estavam inscritas no Medicaid, os custos foram pagos pelos seus planos de saúde.
Por fim, o programa proporcionou aos participantes acesso a um assistente social, que, com base em uma avaliação psicossocial inicial e na identificação subsequente das necessidades profissionais da ONG, encaminhava as participantes para os serviços de apoio apropriados. Esse componente buscava abordar barreiras sistêmicas que poderiam dificultar a adoção e a adesão a um plano de controle de natalidade (como pobreza, desemprego e instabilidade habitacional).
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, nos artigos listados na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto causal:
- 96% das participantes receberam pelo menos uma ligação, pouco mais da metade se encontrou pessoalmente com os profissionais da ONG e 1/4 foi pessoalmente à clínica em busca de serviços de saúde reprodutiva [1];²
- ao fim do período de implementação, a parcela de meninas e adolescentes participantes que reportaram usar algum método contraceptivo de longa duração e reversíveis — como dispositivos intrauterinos (DIUs) e implantes hormonais — era 15 pontos percentuais (ou 58%O efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10). maior) [1];
- redução de 46% (ou de 17 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na parcela de mulheres que tinham engravidado novamente, com efeitos particularmente pronunciados para mulheres negras, no mesmo horizonte temporal dos resultados acima [1];
- o programa não parece ter afetado outras dimensões, como escolarização, participação em programas de assistência social ou condições econômicas, possivelmente porque o horizonte temporal era relativamente curto:
- não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. em variáveis como matrícula na escola, conclusão do ensino médio, ou matrícula em alguma instituição de ensino superior [1];
- também não foram encontradas evidências de que a iniciativa tenha afetado a participação das jovens em programas de benefícios sociais ou a incidência de dificuldades financeiras, ou de instabilidade habitacional [1].
- O diagnóstico que motivou a escolha desse público-alvo foi o fato de que cerca de um terço das adolescentes que engravidam passa por uma nova gestação em até 2 anos, embora a maioria dessas gestações seja indesejada.
- Em média, as participantes receberam 8 ligações durante o período de implementação, com tempo médio de 12 minutos por ligação.
Quais as fontes da informação?
- Luca, D. L., Stevens, J., Rotz, D., Goesling, B., & Lutz, R. (2021). Evaluating Teen Options for Preventing Pregnancy: Impacts and Mechanisms. Journal of Health Economics, 77, 102459.
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Cobertura do sistema de assistência socialConclusão do Ensino MédioEstresse financeiroGravidez na adolescênciaMatrícula no Ensino FundamentalMatrícula no Ensino MédioMatrícula no ensino superiorUso de métodos contraceptivosDimensão
Instabilidade habitacionalTipo de programa
Iniciativas de prevenção da gravidez na adolescênciaClasse de programa
Saúde nas comunidades e na escolaElementos
Distribuição de anticoncepcionaisRegião
América do NortePaís
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