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Programa de Aconselhamento em Nutrição Infantil para Mães no Malawi
Programa de Aconselhamento em Nutrição Infantil para Mães no Malawi
Qual era o objetivo?
Fornecer informação nutricional para puérperas, influenciando positivamente o desenvolvimento de seus filhos.
Onde e quando?
O programa foi implementado em Julho de 2005 no distrito de Mchinji, zona rural do Malawi.
Como era o desenho?
O programa consistiu em aconselhamento nutricional infantil gratuito para mães de bebês com menos de 6 meses e foi oferecida a todas as mulheres grávidas do distrito à época de sua implementação. O aconselhamento foi provido por mulheres voluntárias de 23 a 50 anos, recrutadas na população local.
Durante a implementação, cada voluntária teve por responsabilidade identificar todas as mulheres grávidas em uma população de aproximadamente 1.000 indivíduos e, posteriormente, visitá-las 5 vezes em seus domicílios: 1 vez antes do parto (no terceiro trimestre de gravidez) e 4 vezes depois, quando o bebê tinha 1 semana, 1 mês, 3 meses e 5 meses.
Como forma de capacitar as implementadoras para a intervenção, foram distribuídos manuais com o conteúdo relevante de cada visita e livros ilustrados para explicar os conceitos mais importantes. A amamentação exclusiva, em particular, foi fortemente encorajada em todas as visitas. Além disso, informações sobre o desmame foram fornecidas a partir do momento em que o bebê tinha 1 mês de vida (nas visitas 3 a 5), e incluíam sugestões de alimentos nutritivos adequados disponíveis localmente, discussões sobre a importância de uma dieta variada — por exemplo, a inclusão de alimentos ricos em proteínas e micronutrientes, como ovos — e instruções sobre como preparar os alimentos para conservar nutrientes e facilitar a digestão — por exemplo, amassar vegetais, em vez de liquidificá-los, e triturar peixes antes de cozinhá-los.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito de monitoramento e impacto causal:
- durante o período de implementação, 6 a cada 10 mães participaram da intervenção, que teve mais adesão entre as mães mais pobres residentes no local [1];
- aumento de 17% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável — valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições com um grau alto de simetria em torno da média, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50: caso interpretemos o conjunto de pessoas na amostra como uma fila de 100 pessoas, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 54. Um aumento maior, de 30% de um desvio padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62. em um indicador de conhecimento sobre nutrição adequada para bebês e crianças – em particular, em tópicos como a importância da amamentação (especialmente durante períodos de diarreia da criança) e formas corretas de preparar os alimentos -, coletado aproximadamente 4 anos depois do início da implementação da intervenção [1];
- o aumento de conhecimento descrito acima foi acompanhado de um aumento de 25% em um indicador de qualidade nutricional para crianças de menos de 6 meses, que envolveu, por exemplo, uma redução de mais de 80% na taxa de mães que declararam ter alimentado suas filhas ou filhos com leite não-materno [1];
- aumento de 37% nos gastos domiciliares com proteínas, e de 40% nos gastos domiciliares com frutas e vegetais [1];
- aumento de 14% em um indicador de qualidade nutricional de crianças de 7 meses a 5 anos, coletado aproximadamente 4 anos depois do início da implementação da intervenção, sugerindo que os benefícios se mantiveram mesmo após encerrado o período em que as mães recebiam as visitas [1];
- aumento de 10% em um indicador de desenvolvimento físico (contendo informação sobre peso e altura por idade da criança), também coletado aproximadamente 4 anos depois do início da implementação [1].
Quais as fontes da informação?
Fitzsimons, E., Malde, B., Mesnard, A., & Vera-Hernández, M. (2016). Nutrition, Information and Household Behavior: Experimental Evidence from Malawi. Journal of Development Economics, 122, 113-126.
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