Programa de Alfabetização Shishuvachan da ONG Pratham em Centros de Educação Infantil de Mumbai
Programa de Alfabetização Shishuvachan da ONG Pratham em Centros de Educação Infantil de Mumbai
Qual era o objetivo?
Aprimorar as habilidades de leitura de alunos durante a educação infantil.
Onde e quando?
O programa Shishuvachan foi criado pela ONG Pratham, na Índia. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". implementado em 2005, envolvendo aproximadamente 3.900 crianças.
Como era o desenho?
O programa teve como foco alunos da pré-escola dos centros de educação infantil operados pela ONG e dois componentes centrais. O primeiro deles foi o uso de uma abordagem de ensino escalonado de alfabetização, aplicada pelo menos 1 hora por dia, que enfatizava processos de aprendizado e de compreensão de sentido que emergem da interação entre instrutores e alunos durante atividades de contar histórias e jogos. A implementação baseou-se em um currículo que deu papel central a práticas sequenciais e estruturadas de:
- pré-leitura;
- preparo dos alunos para a atividade de leitura por meio da discussão de uma história;
- leitura em voz alta;
- treino do reconhecimento de palavras;
- treino do reconhecimento de letras;
- uso de tabela fonética que ajuda as crianças a associar letras e sons de vogais no alfabeto Devanágari, usado em várias línguas indianas, incluindo o hindi;
- leitura de textos com os quais os alunos não tinham familiaridade.
A capacitação do corpo pedagógico e acompanhamento da implementação foram realizadas por supervisores ligados à Pratham. O segundo componente do Shishuvachan foi a criação de uma biblioteca com acervo de livros infantis, adaptados à idade dos alunos.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal dos esforços de adoção do programa nas escolas contempladas:
- aumento de 70% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável —valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50: caso interpretemos o conjunto de pessoas na amostra como uma fila de 100 pessoas, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 54. Um aumento maior, de 30% de um desvio padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62. nas notas em um exame padronizado de desenvolvimento da alfabetização, baseado na capacidade de identificação de letras, na leitura de palavras e parágrafos e na compreensão leitora, no horizonte de 5 meses após o início da implementação [1];
- os resultados na nota agregada descritos acima, foram impulsionados por aumentos de 294% (ou de 20 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na taxa de crianças que conseguiam ler palavras, e de 340% a 368% (ou de 9,5 a 11 pontos percentuais) na taxa de crianças que conseguiam ler parágrafos, no mesmo horizonte temporal dos resultados acima, e esses efeitos foram particularmente pronunciados para crianças que não tinham tido nenhum tipo de contato com literacia quando do início da implementação [1];
- uma experiência de implementação do currículo durante o ciclo inicial de alfabetização também apresentou resultados expressivos sobre a nota agregada, em particular quando aplicada no contraturno [1].
Quais as fontes da informação?
- He, F., Linden, L. L., & MacLeod, M. (2009). A Better Way to Teach Children to Read? Evidence from a Randomized Controlled Trial. Unpublished Manuscript.
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