Prestadores Privados de Serviços Intensivos de Aconselhamento na Busca por Emprego na França

Reintegrar rapidamente indivíduos desempregados ao mercado de trabalho.

A loi de cohésion sociale, de janeiro de 2005, permitiu que empresas privadas atuassem na área de assistência à busca por emprego. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". conduzido em 2007 envolvendo aproximadamente 45 mil beneficiários do seguro-desemprego francês.

No sistema vigente à época, os beneficiários eram acompanhados por assistentes sociais que trabalhavam com uma média de 120 famílias, encontrando-as 1 vez por mês. A iniciativa aumentou a frequência e tentou melhorar a qualidade desses serviços, com foco em indivíduos que tinham um risco alto de enfrentarem uma situação de desemprego de longa duração. A ideia central era fortalecer as relações entre assistentes, beneficiários e empresas contratantes por meio da subcontratação dos serviços de assistência à busca por emprego. O principal componente, de duração de 6 meses, envolveu reuniões semanais dos indivíduos contemplados com assistentes sociais que acompanhavam o processo de busca, com limite de 40 beneficiários por assistente. Além disso, durante o acompanhamento, os assistentes buscavam ofertas de emprego que pudessem se adequar ao beneficiário, e, em alguns casos, se candidatava a vagas em seu nome.

O valor aproximado pago aos prestadores era de 4 mil Euros para cada colocação profissional. Foi estipulado por regulamentação que 30% do pagamento seria feito antecipadamente, quando da inscrição no programa, com os 70% restantes condicionados à colocação no mercado de trabalho, com 35% se um emprego fosse encontrado em até 6 meses, e os 35% restantes se o trabalhador ainda estivesse empregado após 6 meses.¹

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal dos serviços de aconselhamento intensivo:

• 4 a cada 10 indivíduos conectados a um assistente social iniciaram o processo de acompanhamento, no horizonte de até 6 meses [1];
• aumento de 17% a 20% (ou de 3,8 a 4,5 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na taxa de indivíduos contemplados que tinham encontrado um emprego, no horizonte de até 12 meses, com efeitos particularmente pronunciados para as mulheres e indivíduos de menos de 29 anos [1].