Programas Públicos de Assistência à Busca por Emprego na Alemanha

Reintegrar indivíduos em situação de desemprego à força de trabalho.

Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. de diferentes estratégias de recolocação profissional utilizadas pelo poder público na Alemanha, envolvendo aproximadamente 45 mil indivíduos de 25 a 33 anos que passaram por um período de desemprego entre julho de 1999 e dezembro de 2001.

À época, as iniciativas do tipo tinham duração de 1 a 12 semanas. A ideia central era prover habilidades que pudessem apoiar a busca por um emprego e também de fornecer a oportunidade de avaliações e melhorias em habilidades representativas da prontidão ao trabalho dos participantes. Alguns exemplos típicos de iniciativas eram:

1. treino em submissão de candidaturas para vagas de emprego;
2. cursos rápidos de computação;
3. cursos de Língua;
4. estágios subsidiados de curta duração.

Foram documentadas, nos artigos listados na seção abaixo, as seguintes evidências de impacto causal:

• redução de 9% (ou de 11 dias) na duração do período de desemprego de indivíduos que participaram de alguma iniciativa como as descritas acima, no horizonte de 1 ano após a participação [1];
• no entanto, não foram encontradas evidências de que a participação tenha tido efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. sobre a renda do trabalho dos indivíduos durante o primeiro ano após a entrada no emprego [1];
• por fim, a participação não parece ter afetado a estabilidade do emprego: não foram encontradas evidências de efeitos sobre a duração dos vínculos de trabalho, ainda para indivíduos que participaram de alguma iniciativa como as descritas acima [1];
• programas dedicados ao mesmo público-alvo em operação no período, mas que visavam a reinserção no mercado de trabalho por meio de cursos mais longos de qualificação profissional, tiveram efeito mais pronunciado sobre a duração do desemprego, além de afetar positivamente a estabilidade ou a renda do trabalho [1].