← voltar para plataforma impacto

Parcerias Público Privadas para Gestão de Escolas no Programa Partnership Schools for Liberia

Publicado em 26/11/2024 Atualizado em 26/11/2024
Compartilhe:

Qual o objetivo?

Delegar atividades de gestão diária ao setor privado, para melhorar indicadores de acesso e aprendizado.

Onde e quando?

A iniciativa foi implementada pelo governo federal da Libéria, em 2016. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". que usa dados de 186 centros de educação infantil e escolas que ofereciam os anos iniciais da educação básica, e aproximadamente 3.500 alunos.¹

Como é o desenho?

O Partnership Schools for Liberia foi uma parceria público-privada (PPP), que atribuiu a responsabilidade de gestão das escolas públicas a oito provedores.² A obrigação financeira do Ministério da Educação em relação às escolas se manteve parecida com a das escolas administradas diretamente pelo governo, com fornecimento de professores e manutenção, avaliados em cerca de 50 dólares por aluno. Os provedores receberam um financiamento adicional de 50 dólares por aluno, limitado a um máximo de 3.250 dólares ou 65 alunos por ano escolar, pago com dinheiro de doações. No contexto do programa, esses provedores deveriam continuar usando o currículo nacional do país, mas tinham discricionariedade para complementá-lo com programas de reforço, priorização de disciplinas, dias escolares mais longos e atividades não acadêmicas. Eles também poderiam oferecer mais recursos, como professores adicionais, livros ou uniformes, desde que arcassem com os custos.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal da iniciativa:

  • aumento de 40% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 — isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100 indivíduos. em um indicador de qualidade da gestão escolar, com efeitos particularmente pronunciados nos componentes do indicador ligados ao uso do tempo dos professores: houve, nesse sentido, aumento de 50% (ou de 20 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa aumento de 50% (=5/10).) na taxa de professores que se encontravam na escola e de 43% (ou 15 pontos percentuais) na taxa dos que se encontravam ativamente engajados em atividades de instrução, no período de aula, ambas construídas com informação observada em visitas surpresa [1];
  • aumento de 18% a 19% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Matemática e aumento de 17% a 18% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa, respectivamente, ao fim do primeiro ano de implementação do programa [1]
  1. Isso representava, à época, aproximadamente 9% das crianças no país, do berçário ao 5° ano.
  2. Bridge International Academies, responsável por 23 escolas; BRAC, por 20 escolas; Omega Schools, por 19 escolas; Street Child, por 12 escolas; More than Me, por 6 escolas; Rising Academies, por 5 escolas; Youth Movement for Collective Action, por 4 escolas; e Stella Maris, também por 4 escolas.
  3. Não há evidências de que estes efeitos tenham sido mediados por mudanças na composição dos alunos que frequentavam as escolas que iniciaram parcerias público privadas, em termos de idade, renda domiciliar ou gênero.

Quais as fontes bibliográficas dessa informação?

  1. Romero, M., Sandefur, J., & Sandholtz, W. A. (2020). Outsourcing Education: Experimental Evidence from Liberia. American Economic Review, 110(2), 364-400.

Estamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.