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Implementação do Programa de Alfabetização Shishuvachan em Escolas Públicas de Mumbai

Publicado em 07/10/2024 Atualizado em 09/10/2024
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Qual o objetivo?

Aprimorar as habilidades de leitura de alunos no ciclo inicial de alfabetização.

Onde e quando?

O programa foi criado pela ONG Pratham, na Índia. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". implementado em 2005, em 67 escolas públicas de Mumbai, envolvendo aproximadamente 2.700 alunos.

Como é o desenho?

O programa teve como foco professores e alunos dos anos iniciais do ensino primário e dois componentes centrais. O primeiro deles foi uma abordagem de ensino escalonado de alfabetização que enfatizava processos de aprendizado e de compreensão de sentido que emergem da interação entre professores e alunos durante atividades centradas em contar histórias e praticar jogos em sala de aula. A implementação baseou-se em um currículo que deu papel central, durante pelo menos 1 hora por dia, a práticas pedagógicas sequenciais e estruturadas de:

  1. pré-leitura;
  2. preparo dos alunos para a atividade de leitura por meio da discussão de uma história;
  3. leitura em voz alta;
  4. treino do reconhecimento de palavras;
  5. treino do reconhecimento de letras;
  6. uso de tabela fonética que ajuda as crianças a associar letras e sons de vogais no alfabeto Devanágari, usado em várias línguas indianas, incluindo o hindi;
  7. leitura de textos com os quais os alunos não tinham familiaridade.

A capacitação do corpo pedagógico e acompanhamento da implementação foram realizadas por supervisores ligados à Pratham, que se encontraram com os professores 2 vezes por semana.

O segundo componente do Shishuvachan foi a criação de uma biblioteca com acervo de livros infantis, adaptados à idade dos alunos.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal dos esforços de adoção do programa nas escolas contempladas:

  • aumento de 26% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 - isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100. nas notas em um exame padronizado de desenvolvimento da alfabetização, baseado na capacidade de identificação de letras, na leitura de palavras e parágrafos e na compreensão leitora, no horizonte de 2 meses após o início da implementação [1];
  • os resultados na nota agregada descritos acima, foram impulsionados por aumentos de 48% a 56% (ou de 9,8 a 11 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais. Por exemplo, se uma variável binária tem média de 10%, um efeito de 5 pontos percentuais representa aumento de 50%.) na taxa de crianças que conseguiam ler parágrafos, e de 65% a 85% (ou de 4,9 a 6,4 pontos percentuais) na taxa de crianças que tinham alcançado algum grau de compreensão leitora, embora o último efeito seja imprecisamente estimadoDiz-se que um resultado estatístico é imprecisamente estimado quando ele também é consistente com valores distantes de um valor de referência (por exemplo, 0), após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos de uma população. [1].

Quais as fontes bibliográficas dessa informação?

  1. He, F., Linden, L. L., & MacLeod, M. (2009). A Better Way to Teach Children to Read? Evidence from a Randomized Controlled Trial. Unpublished Manuscript. 

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