Implementação de Clínicas de Atenção Primária à Saúde em Escolas nos Estados Unidos
Implementação de Clínicas de Atenção Primária à Saúde em Escolas nos Estados Unidos
Qual era o objetivo?
Diminuir disparidades de acesso de crianças e adolescentes em idade escolar a serviços de atenção primária em saúde.
Onde e quando?
As primeiras clínicas de saúde em escolas nos Estados Unidos foram implementadas na década de 1930. Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição dos indivíduos à política ou ao programa social, baseando-se na observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, que frequentemente recebe o nome de "experimento natural" ou "quase-experimento", diferenças entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais entre o programa e resultados de interesse. Estudos observacionais se apoiam nas metodologias modernas de inferência causal para contornar esse problema, construindo contrafactuais convincentes. que utiliza dados de escolas públicas do país entre os anos 1975 e 2011.
Como era o desenho?
Durante o período, os esforços de implementação das clínicas tiveram por focoO programa ainda está em operação. As frases nesse e nos próximos parágrafos estão no passado porque os resultados se referem a como o programa era, no momento e contexto específicos da avaliação de impacto. escolas em áreas urbanas ou rurais em territórios de baixa renda, e foram financiados por recursos provenientes de acordos em processos contra empresas de tabaco, impostos sobre cigarros e subsídios do governo federal destinados à atenção primária à saúde.
Os principais serviços oferecidos pelas clínicas de saúde eram:
- imunizações;
- aconselhamento nutricional;
- saúde oral;
- saúde reprodutiva;
- saúde mental;
- tratamento de doenças agudas.
Embora tais serviços não fossem oferecidos de forma gratuita, o perfil de focalização das escolas implicava que grande parte dos estudantes eram cobertos pelo seguro-saúde Medicaid.¹
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do processo de expansão das clínicas:
- em meados dos anos 2011, havia aproximadamente 2.000 clínicas de saúde instaladas em escolas rurais e urbanas espalhadas pelo país, e a enorme maioria tinha sido implementada entre 1990 e 2007 [1];
- dados de 2007 e 2008 mostram que a maioria das clínicas realizava testes para doenças sexualmente transmissíveis, exames ginecológicos e de Papanicolau e cuidados, além de aconselhamento sobre controle de natalidade [1];
- 40% das clínicas das escolas tinham permissão para prescrever ou prover contraceptivos (pílulas anticoncepcionais, camisinhas e pílulas do dia seguinte) diretamente para os adolescentes, e a maioria dos restantes revelou encaminhar os alunos para outros provedores [1];
- redução de 4% a 5% na taxa de bebês que tinham sido concebidos por adolescentes de 15 a 18 anos, no horizonte temporal de 3 a 9 anos após a implementação da primeira clínica na sua unidade administrativa de moradia [1];
- não foram encontradas evidências sistemáticas e estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. de efeitos na taxa de adolescentes da mesma idade que tinha evadido da escola, ainda no horizonte temporal de 3 a 9 anos após a implementação da primeira clínica [1].
- As etapas centrais do processo de abertura foram:
- apresentação de evidências de que o corpo discente da escola tinha baixo acesso aos serviços que seriam oferecidos pelas clínicas;
- estabelecimento de parceria com organizações locais que provessem serviços de saúde;
- elaboração de planos de financiamento e de planos de gestão de pessoal (médicos e enfermeiras);
- preparação de um espaço apropriado na escola que atendesse aos requisitos mínimos de funcionamento, inclusive de equipamento;
- submissão de documentação para aprovação dos governos estadual e local.
Quais as fontes da informação?
- Lovenheim, M. F., Reback, R., & Wedenoja, L. (2016). How Does Access to Health Care Affect Teen Fertility and High School Dropout Rates? Evidence from School-Based Health Centers. National Bureau of Economic Research Working Paper.
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