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Estudo Experimental de Atividades de Alfabetização no Reino Unido

Publicado em 05/09/2025 Atualizado em 07/09/2025
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Qual era o objetivo?

Testar formas de estimular a consciência fonêmicaA consciência fonêmica é a capacidade de reconhecer e manipular os fonemas, as menores unidades sonoras da língua falada. Em testes padronizados, esse conjunto de habilidade se manifesta por meio de tarefas como o reconhecimento de palavras com sons semelhantes no início ou no fim e a subtração de fonemas de palavras. e habilidades de decodificação em crianças com baixo desempenho em leitura.

Onde e quando?

A iniciativa foi implementada no início dos anos 1980, na Inglaterra, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo 65 crianças de 4 ou 5 anos.¹

Como era o desenho?

A ideia central foi introduzir um conjunto de atividades que apoiassem as crianças no desenvolvimento de habilidades de apreender os fonemasO fonema é a menor unidade que permite diferenciar o sentido de dois elementos verbais em uma determinada língua. Por exemplo, a existência dos fonemas /v/ e /b/ pode ser apreendida pela diferença entre as palavras “vela” e “bela”. na língua falada, parte essencial da formação da consciência fonêmica, e caracterizar a importância da adoção de práticas paralelas de ensino de letras do alfabeto.

Durante 2 anos, as crianças praticaram o reconhecimento de fonemas parecidos no início, no meio e no fim de palavras que denotavam objetos familiares, apresentadas com a ajuda de imagens coloridas. Além disso, durante os exercícios, elas foram apresentadas a letras de plástico que representavam os fonemas identificados nos exercícios de reconhecimento.

O que as evidências sugerem?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de impacto:

  • ao fim da implementação de 2 anos, as iniciativas geraram impactos positivos sobre os alunos:
    • em particular, esses alunos apresentaram habilidades de leitura maiores, com indicadores de idade de leitura cerca de 1 ano superior ao de alunos que não foram contemplados [1];
    • além disso, esses alunos apresentaram habilidades superiores de soletração, com ganhos de cerca de 2 anos [1].
  • sessões de atividades similares que não incluíram o uso de letras de plástico tiveram efeitos positivos, mas menos pronunciados do que os descritos acima, com ganhos de 8 a 10 meses em ambos os indicadores [1];
  • as duas iniciativas tiveram efeitos positivos, da ordem de 7 meses de aprendizado, em um indicador de conhecimentos de Matemática, mas esses resultados são imprecisamente estimadosDiz-se que um resultado estatístico é imprecisamente estimado quando ele também é consistente com valores distantes de um valor de referência (por exemplo, 0), após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos de uma população. [1];
  • por fim, sessões de atividades que usaram os mesmos materiais para exercitar habilidades de categorização semântica dos itens tiveram efeitos estatisticamente insignificantesChamam-se de estatisticamente insignificantes as estimativas de impacto que não são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. nos mesmos indicadores [1].
  1. Essas crianças haviam obtido desempenho muito baixo em leitura em um teste utilizado para fins descritivos em uma amostra maior, de cerca de 400 crianças. Mais especificamente, elas tiveram nota 2 desvios-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável —valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50: caso interpretemos o conjunto de pessoas na amostra como uma fila de 100 pessoas, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 54. Um aumento maior, de 30% de um desvio padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62. abaixo da média da amostra total.

Quais as fontes da informação?

  1. Bradley, L., & Bryant, P. E. (1983). Categorizing Sounds and Learning to Read —a Causal Connection. Nature301(5899), 419-421.
Imds | Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social
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