← voltar para plataforma impacto

Disponibilização de Pílulas de Emergência em Sistemas Municipais de Saúde do Chile

Publicado em 04/06/2024 Atualizado em 17/06/2025
Compartilhe:

Qual era o objetivo?

Subsidiar formas alternativas de contracepção em casos que resultariam em gestações indesejadas.

Onde e quando?

A iniciativa foi implementada por alguns sistemas municipais de saúde do Chile, a partir de 2008. Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição dos indivíduos à política ou ao programa social, baseando-se na observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, que frequentemente recebe o nome de "experimento natural" ou "quase-experimento", diferenças entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais entre o programa e resultados de interesse. Estudos observacionais se apoiam nas metodologias modernas de inferência causal para contornar esse problema, construindo contrafactuais convincentes. que usa dados do universo de nascimentos ocorridos no país entre 2006 e 2012.

Como era o desenho?

Em 2008, uma decisão do poder judiciário julgou como ilegal que o sistema central de saúde operacionalizasse a distribuição de pílulas contraceptivas de emergência para os governos municipais. Com a decisão, hospitais e centros de atenção à saúde municipais resguardaram a liberdade para a decisão de distribuí-las — o que, na prática, coube ao prefeito de cada município.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto:

  • já em 2009, aproximadamente metade dos 346 municípios do país decidiram por tornar disponíveis as pílulas em seus sistemas locais de saúde, com adesão de mais de dois terços dos municípios até 2011 [1];
  • redução de 2,2% a 4,2% (ou de 1,2 a 2,3 nascimentos a cada 1.000 mulheres) na taxa geral de fecundidade nos anos subsequentes à adoção, com efeitos particularmente pronunciados para adolescentes de 15 a 19 anos (de 5,4% a 8,7% ou de 2,8 a 4,6 nascimentos a cada 1.000 mulheres de 15 a 49 anos) [1];
  • redução de 56% (ou de 1,3 mortes por 1.000 nascidos vivos) na taxa de mortalidade fetal de 0 a 20 semanas, o que sugere que o uso da pílula do dia seguinte pode ter sido um substituto para abortos que teriam sido realizados no início da gestação [1].
  1. Em 2013, uma nova lei nacional determinou que a pílula deveria ser disponibilizada para toda e qualquer mulher que a solicitasse no sistema público de saúde.

Quais as fontes da informação?

  1. Bentancor, A., & Clarke, D. (2017). Assessing Plan B: The Effect of the Morning After Pill on Children and Women. The Economic Journal, 127(607), 2525-2552.
Imds | Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social
Visão geral de privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a você a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.