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Diretrizes sobre Tamanho Máximo das Turmas da Suécia
Diretrizes sobre Tamanho Máximo das Turmas da Suécia
Qual era o objetivo?
Assegurar que todos os alunos tivessem apoio pedagógico suficiente no processo de aprendizagem.
Onde e quando?
As diretrizes foram impostas em 1962, na Suécia, juntamente com uma lei que estipulava as etapas compulsórias de educação no país. Os resultados abaixo se referem a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags *Metodologia* da página listam algumas das formas escolhidas para contornar esse problema! que usa dados de alunos nascidos em 1967, 1972, 1977 e 1982 em municípios do país que tinham apenas uma escola.
Como era o desenho?
As regras estipularam que o tamanho máximo de turmas do 5°, 6° e 7° anos seria de 30 alunos, modificando assim a razão de alunos por professor nas escolas de ensino fundamental do país.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, nos artigos listados na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal das diretrizes:
- diminuição, em média, de 6 alunos por sala de aula para alunos matriculados em escolas afetadas por essas diretrizes [1];
- a cada diminuição de 1 aluno na sala de aula, aumento de 3% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável — valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições com um grau alto de simetria em torno da média, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50: caso interpretemos o conjunto de pessoas na amostra como uma fila de 100 pessoas, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 54. Um aumento maior, de 30% de um desvio padrão equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62. em um indicador de habilidades cognitivas, construído com informação coletada aos 13 anos e baseado em notas em exames padronizados de competências verbais e lógicas, que mediam o quociente de inteligência (QI) nessas dimensões [1];
- há evidências de que a diminuição de sala é particularmente efetiva em melhorar habilidades cognitivas de alunos oriundos de famílias mais pobres: famílias mais ricas reagem ao fato de que seus filhos estudam em salas maiores e dão mais apoio aos estudos dentro de casa, algo que não ocorre em famílias mais pobres [2];
- a cada diminuição de 1 aluno na sala de aula, aumento de 3% de um desvio-padrão em um indicador de habilidades socioemocionais, também construído com informação coletada aos 13 anos e baseado em um questionário sobre o comportamento na escola em termos de esforço, motivações e aspirações, autoconfiança, sociabilidade, absenteísmo e ansiedade [1];
- ainda a cada diminuição de 1 aluno na sala de aula, aumento de 2% de um desvio-padrão em exames padronizados de Matemática e Língua Sueca, construído com informação coletada aos 16 anos [1];
- a cada diminuição de 1 aluno na sala de aula, aumento de 0,4% no número total de anos de estudo alcançados e de 3% na taxa de alunos que vieram a obter diplomas universitários, quando observados com de 27 a 42 anos [1];
- a cada diminuição de 1 aluno na sala de aula, aumento de 0,6 a 1,2% em salários e na renda total auferida no mercado de trabalho, quando estes mesmos alunos tinham de 27 a 42 anos [1].
Quais as fontes da informação?
- Fredriksson, P., Öckert, B., & Oosterbeek, H. (2013). Long-term Effects of Class Size. The Quarterly Journal of Economics, 128(1), 249-285.
- Fredriksson, P., Öckert, B., & Oosterbeek, H. (2016). Parental Responses to Public Investments in Children: Evidence from a Maximum Class Size Rule. Journal of Human Resources, 51(4), 832-868.
Eixos de busca
Área
EducaçãoIndicador afetado
Anos de estudoConclusão do ensino superiorHabilidades socioemocionaisNotas em exames padronizadosQuociente de inteligência (QI)Rendimentos do trabalhoTamanho da sala de aulaDimensão
Cognição e linguagemHabilidades socioemocionais e funções executivasIndicadores de aprendizadoIndicadores de escolarizaçãoMercado de trabalho, renda e orçamento familiarProcessos pedagógicos ou de gestão em redes escolaresTipo de programa
Tamanho da turma na escolaClasse de programa
Estrutura física para as aprendizagensFaixa Etária
11-14 anosRegião
EuropaPaís
SuéciaEstamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.
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