Capacitação de Microempreendedoras para Clientes da Instituição de Microcrédito FINCA Perú
Capacitação de Microempreendedoras para Clientes da Instituição de Microcrédito FINCA Perú
Qual era o objetivo?
Equipar mulheres que eram proprietárias de negócios próprios de competências que pudessem ajudá-las a prosperar em suas atividades, melhorando a retenção de clientes da instituição.
Onde e quando?
A FINCA Perú é uma instituição de microfinanças fundada em 1993 responsável por bancos comunitários para microempreendedoras em situação de pobreza nas regiões de Lima e Ayacucho. Os resultados abaixo se referem a um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". implementado em 2002 e 2003 envolvendo aproximadamente 3.000 empreendedoras.
Como era o desenho?
O principal componente da iniciativa foram 22 sessões de 30 minutos a 1 hora, após os encontros regulares entre as tomadoras de empréstimos. Os materiais do curso e de treino dos instrutores nos escritórios da FINCA Perú foram desenvolvidos pela ONG Food for Hunger e pela Atinchik, uma empresa peruana especializada na elaboração de materiais sobre gestão de empreendedores.
As sessões contemplaram habilidades gerais de e estratégias para gestão de empreendimentos. Embora a pedagogia utilizada tenha envolvido a participação ativa, não foram implementadas iniciativas de apoio individualizada para apoio a problemas específicos enfrentados pelas empreendedoras. Os temas contemplados foram divididos em dois módulos, dedicados aos seguintes temas:
- o que é e como funciona um empreendimento;
- como separar as finanças ligadas ao empreendimento das finanças pessoais.¹
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto causal da iniciativa de capacitação:
- em média, nas unidades em que a participação era mandatória, as microempreendedoras participaram de 88% das sessões, comparado a 76% nas unidades em que a participação era voluntária [1];
- há evidências de que algumas das práticas ensinadas nas oficinas, em particular as relacionadas à separação entre as finanças ligadas ao empreendimento das finanças pessoais e à manutenção de registros tenham reagido positivamente no horizonte de 1 a 2 anos após a implementação [1];
- aumento de aproximadamente 15% no volume de vendas, com efeitos concentrados em meses que as microempreendedoras consideraram como ruins para os negócios, o que parece sugerir que os esforços de capacitação as auxiliaram a lidar com flutuações negativas na atividade de seus negócios [1];
- não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. no lucro auferido com a venda do principal produto ou no número de trabalhadores empregados nos negócios das microempreendedoras contempladas, no mesmo horizonte temporal dos resultados acima [1];
- também não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantes em indicadores de empoderamento da microempreendedoras em questões relacionadas ao uso de dinheiro e priorização de produtos nos seus negócios, ou em indicadores de trabalho infantil [1];
- por fim, a iniciativa teve efeitos sobre a relação entre as microempreendedoras e a instituição de microcrédito que ofereceu a capacitação, com aumento de 4,4% a 4,6% (ou de 2,8 a 2,9 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na taxa de clientes que pagaram de maneira completa seus empréstimos e redução de 5,6% (ou de 2,6 pontos percentuais) na taxa dos que abandonaram a instituição, ainda no mesmo horizonte temporal dos resultados acima [1].
- Algumas unidades ofereceram as sessões de forma mandatória, enquanto outras abriram espaço para participação voluntária.
Quais as fontes da informação?
- Karlan, D., & Valdivia, M. (2011). Teaching Entrepreneurship: Impact of Business Training on Microfinance Clients and Institutions. Review of Economics and Statistics, 93(2), 510-527.
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