← voltar para plataforma impacto

Plano Qualità e Merito e Grupos de Estudo no Contraturno em Estados do Sul da Itália

Publicado em 27/11/2024 Atualizado em 17/11/2025
Compartilhe:

Qual era o objetivo?

Diminuir desigualdades regionais e locais em indicadores de aprendizado.

Onde e quando?

Qualità e Merito foi criado em 2010 e implementado nos anos subsequentes em escolas públicas da Apulia, da Calabria, da Campanha e da Sicília, na Itália. As informações abaixo referem-se a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição dos indivíduos à política ou ao programa social, baseando-se na observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, que frequentemente recebe o nome de "experimento natural" ou "quase-experimento", diferenças entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais entre o programa e resultados de interesse. Estudos observacionais se apoiam nas metodologias modernas de inferência causal para contornar esse problema, construindo contrafactuais convincentes. que utiliza dados de alunos de escolas nessas regiões, antes e depois da implementação do programa.

Como era o desenho?

A iniciativa teve como foco alunos do 6° ao 8° ano em escolas públicas com indicadores baixos de fluxo escolar. A participação não foi obrigatória. A autoridade educacional usou um escore de ranqueamento de escolas com base em indicadores de repetência, reprovação e evasão escolar e estabeleceu critérios de priorização para as piores escolas, com base nesse escore.

Nas escolas que participaram do programa, o principal componente foi a extensão da jornada escolar dos alunos no contraturno, com atividades educacionais coordenadas pelos professores que os acompanhavam durante o horário regular. As atividades ofereceram instrução individualizada por meio de uma combinação de:

  • reforços e tutorias para os alunos com baixo desempenho em exames padronizados;
  • atividades de desenvolvimento de habilidades mais avançadas para alunos que tinham atingido níveis altos de proficiência nesses exames.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de impacto da iniciativa:

  • aumento de 35% no tempo de instrução dedicado à Matemática no contraturno e de 25% no tempo de instrução dedicado à Língua Italiana, também no contraturno, entre as escolas que participaram do programa [1];
  • aumento de 29% de desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável —valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Uma forma de interpretar efeitos medidos na escala de desvios-padrão, que é usada para tornar comparáveis provas usadas em diferentes contextos, é: "A cada aumento de 10% de um desvio-padrão equivale, aproximadamente, um salto de 4 posições a partir do aluno mediano (isto é, na posição 50)". Um aumento de 30% de um desvio-padrão, por exemplo, equivaleria a passar da posição 50 para a posição 62 (isto é, 30%/10% x 4 posições). Essas aproximações se tornam menos precisas para efeitos muito grandes. nas notas em exames padronizados de Matemática, entre escolas do tercil inferior da distribuição do indicador usado para priorização de entrada no programa, no horizonte de 1 ano após a implementação da iniciativa [1]
  • não foram encontrados efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. em Língua Italiana, no mesmo horizonte temporal dos resultados acima [1].
  1. Os efeitos nesse grupo de escolas foram maiores entre os alunos acima da mediana do indicador de aprendizado em Matemática, o que sugere que os efeitos positivos foram acompanhados de um aumento da desigualdade nas escolas participantes.

Quais as fontes da informação?

  1. Battistin, E., & Meroni, E. C. (2016). Should We Increase Instruction Time in Low Achieving Schools? Evidence from Southern Italy. Economics of Education Review, 55, 39-56.
Imds | Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social
Visão geral de privacidade

Este site utiliza cookies para que possamos oferecer a você a melhor experiência de usuário possível. As informações dos cookies são armazenadas no seu navegador e desempenham funções como reconhecê-lo quando você retorna ao nosso site e ajudar nossa equipe a entender quais seções do site você considera mais interessantes e úteis.