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Uma bússola para o gestor público

Publicado por Valor Econômico em 20/04/2021
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Uma prefeita ou um prefeito de uma cidade média acaba de assumir e logo encontra um problema que pode definir seu mandato. O deslizamento de um morro causa o desaparecimento de várias famílias e uma demanda urgente para a gestão municipal. Não há cadastro dos moradores. No “olhômetro” a prefeitura organiza uma fila para atender as pessoas que buscam o aluguel social. Não há um manual pronto para guiar o poder público neste momento. A ausência de dados prejudica o trabalho da assistência social e gera descontentamento entre as vítimas do acidente.

Esse relato é ficcional, mas está muito perto da realidade em alguns lugares no Brasil. A falta de informações, sistematização, monitoramento e o improviso nas escolhas de políticas ainda estão presentes com alguma frequência na gestão pública. As cobranças da mídia e da sociedade para que soluções rápidas sejam implementadas muitas vezes geram decisões imediatistas, que acabam se mostrando contraproducentes.

Para aumentar a motivação de gestores públicos ao uso de evidências, cidadãos e sociedade civil devem cobrar transparência e monitoramento e avaliação das políticas públicas entregues por todas as esferas governamentais. Líderes públicos que avaliam seus programas e eventualmente os adaptam para contemplar os resultados da avaliação, ou que tomam com responsabilidade a decisão de descontinuá-los, devem ser reconhecidos. Nesse contexto, é muito importante fortalecer a cultura de monitoramento e avaliação de políticas públicas. Por isso, o Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), o FGV Clear e a Escola Nacional de Administração Pública (Enap) se juntaram para criar o Prêmio Evidência e o Troféu IMDS – Mobilidade Social (eventos.fgv.br/premioevidencia), iniciativas para valorizar políticas públicas baseadas em evidência e com impacto social relevante

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