Estudo sobre Suplementação de Zinco para Bebês no Nordeste do Brasil

Entender a importância da mitigação de déficits de desenvolvimento infantil associados ao baixo peso ao nascer.

A iniciativa foi implementada entre 1993 e 1994 em 5 cidades no interior do estado de Pernambuco¹, no Nordeste do Brasil, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo 205 bebês a termo com baixo peso ao nascer (de 1.500 a 2.500 gramas) de famílias de baixa renda e avaliações de acompanhamento aos 6 e 12 meses de idade.

Foi estruturado um esquema de administração domiciliar para suplementação de zinco. As crianças receberam suplementação diária —exceto aos domingos— com 1 mg ou 5 mg de zinco por dia, por 8 semanas a partir do nascimento.² Agentes de campo ligados à implementação do estudo visitaram os domicílios para administrar a dose na presença da cuidadora principal. Durante o primeiro semestre de vida, esses agentes registraram, periodicamente, a adesão à suplementação, sintomas de morbidade —incluindo diarreia— e informações sobre alimentação.

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências:

• houve melhorias em indicadores de saúde física na primeira infância para crianças que receberam suplementação de 5 mg de zinco, com redução na frequência de casos de diarreia dos 0 aos 6 meses [1];
• não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. sobre indicadores de desenvolvimento mental e psicomotor, nem aos 6 meses nem aos 12 meses [1].