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Reforma de 1973 na Organização do Sistema Educacional da Romênia
Reforma de 1973 na Organização do Sistema Educacional da Romênia
Qual era o objetivo?
Alinhar a educação com as necessidades econômicas e industriais do país pelo aumento da qualidade da formação técnica e profissional.
Onde e quando?
A reforma foi implementada em 1973, na Romênia. Os resultados abaixo se referem a estudos observacionaisOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags *Metodologia* da página listam algumas das formas escolhidas para contornar esse problema! que usam dados de pessoas que tinham nascido em datas próximas às utilizadas para definir a elegibilidade ao novo sistema educacional.
Como era o desenho?
Foram introduzidas duas mudanças na organização do sistema educacional vigente, que era baseado na divisão de alunos, após 8 anos de educação básica — aproximadamente aos 15 anos —, em escolas profissionalizantes e programas de aprendizagem ou em escolas com ênfase acadêmica (liceus).
A primeira das mudanças alterou a composição curricular da educação básica, adiando a decisão de especialização profissional. Mais especificamente, a partir de 1973, alunos que tinham completado o ciclo básico de 8 anos passaram a frequentar obrigatoriamente 2 anos a mais de educação nos liceus. Ao fim do período de 10 anos, então, com base em suas aptidões, habilidades e preferências, os alunos passaram a escolher pela entrada no mercado de trabalho, pela continuação dos estudos em escolas profissionalizantes ou pela continuação dos estudos nos liceus.
A segunda mudança reduziu a duração dos cursos profissionalizantes para 1 ano, de modo que os estudantes que continuaram nos itinerários profissionalizantes após completar os dois anos adicionais de educação nos liceus foram expostos a menos tempo de formação profissional.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal da reforma:
- aumento de 27% (ou 7,0 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na taxa de homens que atingiram como grau mais alto de escolarização o diploma de educação geral dado pelos liceus, com redução paralela de 22% (ou 8,0 pontos percentuais) na taxa de homens que atingiram como grau mais alto de escolarização o diploma de educação profissionalizante [1];
- aumento de 16% a 19% (ou de 4,4 a 5,0 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que alcançaram como grau mais alto de escolarização o diploma de Ensino Médio outorgado pelos liceus, com efeitos particularmente pronunciados para indivíduos oriundos de áreas rurais, de áreas com indicadores altos de pobreza e cujos pais tinham baixo nível de escolarização [2];
- embora esses alunos tenham ganhado a possibilidade de aplicar para as universidades do país, há poucas evidências de aumento na taxa de alunos que concluíram o ensino superior nessas universidades [2];
- consistente com os resultados acima, não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. sobre o número total de anos de estudo alcançados pelas coortes expostas à reforma [1];
- embora haja evidências de que a reforma tenha tido efeitos sobre as escolhas profissionais dos indivíduos afetados — houve, por exemplo, redução de 2,7% na taxa de homens que trabalhavam em ocupações manuais, aproximadamente 20 anos depois — não há evidências de efeitos estatisticamente significantes ou quantitativamente relevantes sobre participação na força de trabalho, emprego ou salários [1].
Quais as fontes da informação?
- Malamud, O., & Pop-Eleches, C. (2010). General Education versus Vocational Training: Evidence from an Economy in Transition. The Review of Economics and Statistics, 92(1), 43-60.
- Malamud, O., & Pop-Eleches, C. (2011). School Tracking and Access to Higher Education among Disadvantaged Groups. Journal of Public Economics, 95(11-12), 1538-1549.
Eixos de busca
Indicador afetado
Anos de estudoConclusão do ensino superiorEmpregoEscolha ocupacionalFormação técnica e profissionalizanteParticipação no mercado de trabalhoRendimentos do trabalhoClasse de programa
Estrutura institucional para as aprendizagensPedagogia e gestão em redes escolaresFaixa Etária
15-29 anosElementos
Adiamento de decisões de especialização profissionalReestruturação de itinerários profissionalizantes ou de formação técnicaRegião
EuropaPaís
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