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Programa Jóvenes en Acción de Capacitação Profissional de Jovens Adultos na Colômbia

Publicado em 20/10/2022 Atualizado em 14/05/2024
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Qual o objetivo?

Aumentar as chances de inserção no mercado de trabalho e a qualidade do emprego de jovens adultos em situação de vulnerabilidade social.

Onde e quando?

O programa Jóvenes en Acción foi implementado a partir do ano de 2002 nas sete principais cidades da Colômbia: Bogotá, Medellín, Cali, Barranquilla, Bucaramanga, Manizales e Cartagena.

Como é o desenho?

O programa utilizou o SISBEN (Sistema de Identificación de Potenciales Beneficiarios de Programas Sociales, ou “Sistema de Identificação de Potenciais Beneficiários de Programas Sociais”, sistema de informação que se assemelha ao Cadastro Único brasileiro) para focalização do programa em jovens, entre 18 e 25 anos, dos estratos socioeconômicos mais baixos da população.

O programa teve três componentes principais. Em primeiro lugar, os jovens beneficiários participaram de três meses gratuitos de aulas (280 a 350 horas) em instituições privadas, onde recebiam treinamento prático para ocupações em áreas administrativas (por exemplo, cursos para secretárias ou arquivistas), manuais (por exemplo, assistentes de cozinha) ou de maior qualificação técnica (por exemplo, especialistas em tecnologia da informação ou assistentes de contabilidade). Esses cursos eram concebidos não apenas como esforços de capacitação profissional, contemplando aproximadamente 30 jovens em uma sala de aula, mas também como espaços para o exercício de habilidades socioemocionais transversais, como comportamento proativo, desenvoltura, abertura a críticas e trabalho em equipe.

Após os três meses de curso, os jovens passavam por um período de três meses de treinamento em empresas legalmente registradas, na forma de estágios não remunerados. Ao final do período, as instituições de educação eram remuneradas de acordo com a progressão dos alunos no curso e recebiam um bônus se estes fossem contratados pelas empresas onde fizeram estágio.

Por fim, durante todo o período, os participantes desenvolveram um “projeto de vida”, que os orientava ao planejamento pessoal e à visualização positiva de suas habilidades e perspectivas pessoais e profissionais. O programa provia auxílio durante os seis meses para cobrir os custos de transporte e alimentação.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, nos artigos listados na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do impacto causal do programa sobre os jovens participantes:

  • aumento de 8% na taxa de emprego entre as mulheres, que também recebiam um salário 20% mais alto, e tinham um emprego formal com frequência 35% maior, 1 ano após o fim do programa [1];
  • o aumento em emprego formal de mulheres se manteve no período de 3 a 9 anos após o fim do programa, e os salários nesses empregos também foram positivamente impactados em 18% no mesmo horizonte temporal [2];
  • no mesmo período, há evidência de que o programa tenha estimulado a formalização do emprego e aumentado o salário dos homens, embora os resultados sejam imprecisamente estimadosDiz-se que um resultado estatístico é imprecisamente estimado quando ele também é consistente com valores distantes de um valor de referência (por exemplo, 0), após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos de uma população.  [1,2].

Quais as fontes bibliográficas dessa informação?

  1. Attanasio, O., Kugler, A., & Meghir, C. (2011). Subsidizing Vocational Training for Disadvantaged Youth in Colombia: Evidence from a Randomized Trial. American Economic Journal: Applied Economics, 3(3), 188-220.
  2. Attanasio, O., Guarín, A., Medina, C., & Meghir, C. (2017). Vocational Training for Disadvantaged Youth in Colombia: A LongTerm Follow-Up. American Economic Journal: Applied Economics, 9(2), 131-143.

Estamos trabalhando para que as páginas contemplem toda a evidência documentada sobre o tema e estejam sempre atualizadas. Se você quiser sugerir algum artigo, entre em contato.