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Financiamento de Iniciativas Escolares em Saúde Mental pelo Programa HeadStart na Inglaterra
Financiamento de Iniciativas Escolares em Saúde Mental pelo Programa HeadStart na Inglaterra
Qual era o objetivo?
Promover aprimoramentos no bem-estar psicológico e na saúde mental e resiliência de adolescentes para apoiar melhorias no aproveitamento e no desempenho escolar.
Onde e quando?
A iniciativa foi criada em 2016 e implementada em seis regiões administrativas da Inglaterra. As informações abaixo referem-se a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags *Metodologia* da página listam algumas das formas escolhidas para contornar esse problema! que utiliza dados de alunos de 2008 a 2019 agregados ao nível das regiões educacionais.
Como era o desenho?
Com duração de 6 anos e foco em escolas com alunos de 11 a 16 anos, o programa HeadStart teve como principal componente o financiamento de ações e a construção de parcerias locais nas regiões contempladas. Embora houvesse discricionariedade nas formas de implementação, as iniciativas enquadraram-se nos seguintes tipos:
- intervenções que apoiassem o exercício de resiliência e de prevenção de questões de saúde mental, com foco na sensibilização e capacitação das equipes escolares;
- sessões grupais ou individuais guiadas por princípios de terapia cognitivo-comportamental para adolescentes em situações de risco ou que estivessem vivendo um período de sofrimento;
- qualificação das equipes escolares na identificação de questões de saúde mental;
- iniciativas voltadas a auxiliar as famílias na oferta de suporte emocional, estabilidade e consistência diante dos comportamentos dos adolescentes;
- aconselhamento e criação de canais presenciais e não-presenciais online de aconselhamento em questões de saúde mental.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências de monitoramento e impacto:
- não foram encontradas evidências de que a iniciativa tenha tido efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. em indicadores de frequência escolar, seja pela diminuir o número de faltas com ou sem justificativa, no horizonte de 1 a 3 anos após o início da implementação [1];
- houve, no entanto, redução de 10% a 15% (ou de 0,50 a 0,80 ponto percentualO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) na proporção de alunos suspensos nas regiões contempladas, no mesmo período, embora haja evidências de que os efeitos se dissipem com o tempo [1].
Quais as fontes da informação?
- Cattan, S., Lereya, S. T., Yoon, Y., Gilbert, R., & Deighton, J. (2023). The Impact of Area Level Mental Health Interventions on Outcomes for Secondary School Pupils: Evidence from the HeadStart Programme in England. Economics of Education Review, 96, 102425.
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