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Estudo Experimental sobre Suplementação Neonatal de Vitamina A na Indonésia

Avaliação de Impacto
Publicado em 18/12/2025 Atualizado em 18/12/2025
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Qual era o objetivo?

Reduzir a mortalidade infantil e a ocorrência de infecções graves no primeiro ano de vida.

Onde e quando?

A iniciativa foi implementada entre 1992 e 1993 no Hospital Hasan Sadikin, na cidade de Bandung, Indonésia, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo 2.067 recém-nascidos acompanhados desde o nascimento até 1 ano e uma subamostra de 470 lactentes acompanhadas aos 4, 6 e 12 meses para coleta de informação sobre episódios de doença, sinais clínicos e procura por serviços de saúde.

Como era o desenho?

Foi estruturado um esquema de suplementação nutricional no primeiro dia de vida, integrado ao atendimento hospitalar ao parto, com administração oral de 50.000 UI de vitamina A, acompanhada de 23 µmol de vitamina E, em dose única. O público-alvo foram recém-nascidos, excluídos aqueles com muito baixo peso ao nascer (menos do que 1.500 gramas) ou com doenças graves ao nascimento.¹

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências:

  • 9 em cada 10 recém-nascidos receberam a suplementação nas primeiras 24 horas de vida [1];
  • a iniciativa levou a melhorias expressivas em indicadores de saúde neonatal, em particular, a reduções na mortalidade infantil:
    • houve redução de 64% (ou de 1,3 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa um aumento de 50% (=5/10).) no risco relativo de morte no primeiro ano de vida, que correspondeu a uma queda de 12,6 óbitos por 1.000 crianças-ano na taxa de mortalidade, de 19,8 para 7,2 [1]
    • os efeitos descritos acima foram mais pronunciados entre meninos e entre crianças com peso ao nascer maior do que 2.500 gramas [1];
  • na subamostra em que indicadores de morbidade foram acompanhados, também foram encontrados sinais de melhorias:
    • houve, por exemplo, redução de 7,1 pontos percentuais na procura por atendimento médico por febre no mesmo período (de 20,7% para 13,7%), embora a estimativa seja imprecisaDiz-se que um resultado estatístico é imprecisamente estimado, ou que uma estimativa é imprecisa, quando ele também é consistente com valores distantes de um valor de referência (por exemplo, 0), após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos de uma população. [1];
    • houve, alémd isso, redução de 42% na proporção de crianças levadas para atendimento médico por tosse entre o nascimento e os 4 meses, de 24,6% para 14,2% [1];
    • não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. sobre a prevalência semanal de morbidades comuns (diarreia, febre, tosse) aos 4, 6 ou 12 meses, nem sobre indicadores de crescimento físico [1].
  1. O grupo controle recebeu um placebo indistinguível em aparência e composição.
  2. A septicemia foi a causa específica de morte responsável pela maior parte dos resultados entre crianças suplementadas. Não foram encontradas evidências de diferenças estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis de 0, após incorporadas à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos e estudos. para outras causas específicas de morte, analisadas isoladamente.

Quais as fontes da informação?

  1. Humphrey, J. H., Agoestina, T., Wu, L., Usman, A., Nurachim, M., Subardja, D., Hidayat, S., Tielsch, J., West, K. P., Jr., & Sommer, A. (1996). Impact of Neonatal Vitamin A Supplementation on Infant Morbidity and Mortality. The Journal of Pediatrics, 128(4), 489–496.
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