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Capacitação com Foco em Tecnologia da Informação no Modelo WorkAdvance em Nova Iorque (Per Scholas)

Publicado em 25/03/2024 Atualizado em 01/04/2024
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Qual o objetivo?

Apoiar a integração duradoura de pessoas desempregadas e de baixa renda ao mercado de trabalho.

Onde e quando?

O programa foi implementado por uma provedora de cursos em tecnologia da informação (TI) chamada Per Scholas, a partir de 2011, Nova Iorque, nos Estados Unidos, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". mais amplo de programas-modelo de capacitação com foco setorial, chamado WorkAdvance. Os resultados abaixo se referem a dados de 690 inscritos entre 2011 e 2013.

Como é o desenho?

O programa teve como foco indivíduos desempregados, de baixa renda, com interesse em construir uma trajetória profissional no setor de TI, e cinco componentes centrais.

O primeiro foi uma triagem cuidadosa e intensiva dos candidatos, com o objetivo de garantir que os participantes selecionados pudessem tirar proveito e formar as habilidades necessárias para a transição para o setor de TI. Para tanto, os administradores do programa utilizaram uma combinação de critérios objetivos – renda e pontuações em testes de Língua Inglesa e Matemática – e critérios subjetivos – como as visões da equipe sobre a trajetória, situação atual, postura e probabilidade de conclusão do curso dos participantes.

O segundo componente do programa foi um curso gratuito de 15 semanas, nas instalações físicas da provedora Per Scholas. Os cursos contemplaram o conteúdo necessário para os exames e certificações A+ e Network Plus e objetivavam preparar os alunos para ocuparem posições de especialistas em suporte técnico ou técnicos de sistemas.

Além disso, como terceiro componente, o programa contou com esforços para transmitir aos participantes estratégias de busca de emprego e habilidades básicas de prontidão para o trabalho no setor de TI. Essas habilidades foram discutidas tanto em sala de aula, em 12 encontros de 7 horas, quanto em sessões individualizadas de mentoria profissional. Nelas, foram apresentadas informações sobre salários no setor, como elaborar currículos e cartas de apresentação, como buscar vagas de emprego, como se preparar para entrevistas de emprego e como desenvolver planos individuais de carreira.

O programa também ofereceu serviços adicionais depois do fim da etapa de capacitação propriamente dita. Em particular, o quarto componente foi de intermediar diretamente a relação entre os participantes da capacitação e potenciais empregadores, facilitando a entrada em posições para as quais eles tinham sido treinados e para as quais haviam oportunidades genuínas de desenvolvimento contínuo de habilidades e avanço na carreira. Além disso, e em quinto lugar, o programa preconizou esforços de acompanhamento dos egressos dos cursos a cada trimestre e ajuda na recolocação profissional no caso de perda do emprego.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa:

  • 97% indivíduos convidados a participarem dos cursos de capacitação iniciaram as aulas, e 76% completaram o treinamento [1];
  • a taxa de conclusão de treinamento profissional no setor de TI quase quintuplicou, aumentando em 45,9 pontos percentuais, 2 anos após a inscrição no programa [1,2];
  • aumento de 16% (ou aproximadamente 10 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais. Por exemplo, se uma variável binária tem média de 10%, um efeito de 5 pontos percentuais representa aumento de 50%.) na taxa de indivíduos que tinham um emprego, aproximadamente 2 anos após inscrição [1];
  • aumento de 19% (ou 12 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que se consideravam satisfeitos ou muito satisfeitos com seu trabalho atual ou com o trabalho mais recente, no mesmo horizonte temporal [1];
  • aumento de 26% a 31% nos rendimentos anuais auferidos no mercado de trabalho, de 2 a 3 anos após a inscrição [1,2];
  • aumento de 50% (ou 9 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que ganhavam, anualmente, mais do que 30.000 dólares americanos, no mesmo horizonte temporal dos resultados imediatamente acima [2];
  • aumento de 16% a 20% nos rendimentos anuais auferidos no mercado de trabalho, 5 anos após a inscrição [3];
  • aumento de aproximadamente 12% (ou de 5,9 a 6,3 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que ganhavam, anualmente, mais do que 30.000 dólares americanos, no mesmo horizonte temporal dos resultados imediatamente acima [3].

Quais as fontes bibliográficas dessa informação?

  1. Hendra, R., Greenberg, D. H., Hamilton, G., Oppenheim, A., Pennington, A., Schaberg, K., & Tessler, B. L. (2016). Encouraging Evidence on a Sector-Focused Advancement Strategy: Two-Year Impacts from the WorkAdvance Demonstration. New York: MDRC.
  2. Katz, L. F., Roth, J., Hendra, R., & Schaberg, K. (2022). Why Do Sectoral Employment Programs Work? Lessons from WorkAdvanceJournal of Labor Economics, 40(S1), S249-S291.
  3. Greenberg, D. H., & Schaberg, K. (2020). Long-Term Effects of a Sectorial Advancement Strategy: Costs, Benefits, and Impacts from the WorkAdvance Demonstration. MDRC Report.

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