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Envelhecer em um país tão desigual é ruim para todos

Publicado por Folha de S.Paulo em 30/01/2021
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Quem sustentará um país que em breve terá mais avós que netos? Como envelhecerão os jovens de hoje que nem estudam nem trabalham? Terão eles condições de cuidar de seus pais?

No ranking da desigualdade, sempre estivemos entre as dez piores colocações. No final de 2019, a desigualdade por renda havia crescido pelo 19º trimestre consecutivo. A pandemia só tem feito aumentar o golfo que separa os que estão no topo da pirâmide daqueles que integram a base inchada, mesmo levando em consideração o auxílio dado pelo governo – por definição, emergencial.

Nossa produção industrial em 2020 não chegou a 10% do PIB (Produto Interno Bruto), a menor fatia desde 1947. O abismo da exclusão digital tem crescido durante a pandemia. Dados do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS) mostram que 55% dos filhos de pais sem instrução não têm acesso à internet,comparados a 4,9% daqueles cujos pais têm instrução superior.

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