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Medicaid e Oregon Health Insurance Experiment nos Estados Unidos
Medicaid e Oregon Health Insurance Experiment nos Estados Unidos
Qual o objetivo?
Aumentar o acesso a serviços de saúde entre famílias em situação de pobreza.
Onde e quando?
A iniciativa foi implementada em 2008, em Oregon, nos Estados Unidos, no contexto de um estudo experimentalOs estudos experimentais utilizam mecanismos aleatórios (isto é, sorteios) para definir quem será e quem não será contemplado por um determinado programa ou política pública, garantindo que as diferenças futuras entre estes grupos possam ser atribuídas com maior credibilidade à intervenção em si — e não a diferenças entre quem é e quem não é "tratado". envolvendo aproximadamente 90.000 indivíduos.
Como é o desenho?
O estudo teve por foco adultos de 19 a 64 anos, que não tinham acesso a nenhum plano de saúde e se situavam abaixo da linha federal de pobreza. Foi dado acesso, por sorteio, aos benefícios do Oregon Health Plan Standard, um plano de saúde ligado ao Medicaid.
O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?
Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do acesso ao plano:
- no horizonte de 1 ano, 1 a cada 4 pessoas que receberam ofertas passaram a ter algum plano de saúde, a maior parte das quais não tinha acesso a planos privados ou outros planos públicos [1];¹
- no horizonte de aproximadamente 1 ano e 2 meses após o início do estudo, houve aumento de 4,7% a 5% de um desvio-padrãoO desvio-padrão mede a dispersão de valores de uma variável - valores mais altos indicam maior ocorrência de valores longe da média e valores mais baixos refletem maior concentração de valores próximos à média. Para a distribuição normal, ou para distribuições razoavelmente similares a uma normal, um aumento de 10% de um desvio-padrão equivale a um efeito de 4 percentis a partir do percentil 50 — isto é, a passar da posição 50 para a posição 54, em uma fila de 100 indivíduos. em um indicador de utilização de serviços hospitalares e aumento de 17% em um indicador de acesso a serviços não-hospitalares em saúde, impulsionado por aumentos de 15% (ou de 8,8 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa em pontos percentuais! Por exemplo, se uma variável binária teria média de 10% na ausência da iniciativa, um impacto de 5 pontos percentuais representa aumento de 50% (=5/10).) na taxa de indivíduos que tomavam medicamentos receitados e de 37% (ou de 21 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que tinham passado por procedimentos ambulatoriais [1];
- aumento de 30% de um desvio-padrão em um indicador de procedimentos em saúde preventiva, com efeitos pronunciados em na taxa e número de exames de mamografia, Papanicolau e para monitoramento de colesterol, no mesmo horizonte temporal [1];
- além disso, e ainda no horizonte temporal dos resultados acima, houve aumento de 57% (ou de 28 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que revelaram ter um médico pessoal, e de 35% (ou de 24 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que revelaram ter acesso a todos os remédios que tiveram necessidade, nos 6 meses que antecederam a coleta de dados [1];
- a iniciativa também parece ter tido efeitos sobre indicadores de dificuldades financeiras entre os indivíduos contemplados pelos novos planos de saúde: houve, por exemplo, redução de 30% (ou 18 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que revelaram dever dinheiro para pagar despesas médicas, e de 42% (ou 15 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que revelaram ter tomado empréstimos, ou deixado de pagar outras contas, para pagar contas médicas [1];
- ainda no horizonte temporal de aproximadamente 1 ano e 2 meses, não foram encontradas evidências de efeitos estatisticamente significantesChamam-se de estatisticamente significantes as estimativas de impacto que são distinguíveis do valor zero, após incorporada à análise as incertezas associadas à generalização para outras amostras de indivíduos. na taxa de mortalidade dos inscritos no novo plano [1];
- no entanto, houve aumento de 20% de um desvio-padrão em um indicador de saúde física e mental, construído a partir de informação autorreportada – em particular, houve queda de 23,7% (ou de 7,8 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que foram considerados deprimidos, com base em sintomas nas 2 semanas anteriores à coleta, e aumento de 32% (ou 19 pontos percentuais) na taxa de indivíduos que se consideravam felizes ou muito felizes [1].
- Os motivos mais comuns para a não adoção do plano foram a falha no envio da documentação após realização das loterias e, entre aqueles que enviaram a documentação, recusa devido à inelegibilidade – primordialmente pelo critério de renda.
Quais as fontes bibliográficas dessa informação?
- Finkelstein, A., Taubman, S., Wright, B., Bernstein, M., Gruber, J., Newhouse, J. P., Allen, H., Baicker, Katherine & Oregon Health Study Group, T. (2012). The Oregon Health Insurance Experiment: Evidence from the First Year. The Quarterly Journal of Economics, 127(3), 1057-1106.
- Taubman, S. L., Allen, H. L., Wright, B. J., Baicker, K., & Finkelstein, A. N. (2014). Medicaid Increases Emergency-Department Use: Evidence from Oregon’s Health Insurance Experiment. Science, 343(6168), 263-268.
- Baicker, K., Taubman, S., Allen, H., Bernstein, M., Gruber, J., Newhouse, J. P., … & Finkelstein, A. (2013). The Impact of Medicaid on Clinical Outcomes: Evidence from the Oregon Health Insurance Experiment. New England Journal of Medicine, 368(18), 1713-1722.
- Finkelstein, A., Hendren, N., & Luttmer, E. F. (2019). The Value of Medicaid: Interpreting Results from the Oregon Health Insurance Experiment. Journal of Political Economy, 127(6), 2836-2874.
- Sacarny, A., Baicker, K., & Finkelstein, A. (2022). Out of the Woodwork: Enrollment Spillovers in the Oregon Health Insurance Experiment. American Economic Journal: Economic Policy, 14(3), 273-295.
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