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Adoção da Urna Eletrônica na Década de 2000 no Brasil
Adoção da Urna Eletrônica na Década de 2000 no Brasil
Qual era o objetivo?
Agilizar o processo eleitoral e reduzir os custos da apuração de votos, garantindo maior eficiência e transparência.
Onde e quando?
A adoção da urna eletrônica ocorreu de forma gradual nas eleições brasileiras de 1998 e 2002. As informações abaixo referem-se a um estudo observacionalOs estudos observacionais analisam dados coletados em situações em que os pesquisadores não têm controle sobre a exposição de indivíduos à política ou programa social, permitindo apenas a observação das associações entre variáveis em seus contextos naturais. Nesse tipo de estudo, as diferenças observadas entre os grupos podem ser influenciadas por fatores que limitam a capacidade de estabelecer relações causais diretas entre o programa e os resultados observados. As metodologias não-experimentais listadas nas tags *Metodologia* da página listam algumas das formas escolhidas para contornar esse problema! baseado em dados de governos impactados pela introdução da nova tecnologia.
Como era o desenho?
A urna eletrônica conta com uma pequena tela e botões coloridos para confirmação, correção e registro de votos residuais — aqueles que não puderam ser atribuídos a um candidato. Além de exibir fotos dos candidatos e orientar os eleitores sobre a marcação correta dos votos, a urna eletrônica fornece informação imediata em caso de erro de registro. Esses recursos tornaram o processo de votação mais acessível, especialmente para cidadãos com menor escolaridade e para analfabetos.
O que as evidências sugerem?
Foram documentadas, nos artigos listados na seção abaixo, as seguintes evidências de impacto:
- entre 1999 e 2006, a adoção da urna eletrônica esteve associada à eleição de governos estaduais que aumentaram em 34% a participação dos gastos em saúde, passando de 9,9% para 13,3% do orçamento estadual [1];
- no mesmo período, observou-se uma melhora em indicadores de utilização dos serviços de saúde e nas condições de saúde fetal entre mães sem ensino fundamental:
- por exemplo, a parcela de mães que realizaram sete ou mais consultas de pré-natal no Sistema Único de Saúde aumentou em 34% (ou 12 pontos percentuaisO efeito de um programa em termos percentuais (%) é diferente do efeito do programa medido em minutos! Por exemplo, um impacto de 2 minutos em um intervalo de tempo que duraria 1 hora na ausência da iniciativa representa um aumento de cerca de 33% (=2/60).) [1];
- além disso, a proporção de bebês com baixo peso ao nascer caiu 6,9% (ou 0,53 pontos percentuais) [1].
Quais as fontes da informação?
- Fujiwara, T. (2015). Voting Technology, Political Responsiveness, and Infant Health: Evidence from Brazil. Econometrica, 83(2), 423-464.
Eixos de busca
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