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Educação na pandemia diminui a mobilidade social no Brasil
Alunos de escolas privadas, com pais ou responsáveis mais escolarizados e ricos, receberam um total de aulas presenciais na pandemia da Covid-19 significativamente maior do que os mais pobres, estudantes de escolas públicas e dependentes de pessoas menos educadas.
A diferença é ainda maior nos alunos do ensino fundamental, o que representará um marcador importante na redução da mobilidade social no país, além de sinalizar um aumento futuro da desigualdade de renda – já extremamente elevada no Brasil. Segundo trabalho do Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social (IMDS), a partir de dados da Pnad Covid19 (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), as diferenças regionais também são significativas no quesito tarefas escolares, mesmo que online, recebidas pelos alunos.
“A situação geral é bem mais crítica para os alunos do ensino fundamental. Pois, mesmo que tenham tido essa oportunidade, eles não conseguiram absorver o conteúdo de aulas online”, diz (Sergio Guimarães) Ferreira (diretor de Pesquisas do IMDS).
“Os dados mostram ainda que a pandemia aumentou o risco de a baixa escolaridade dos responsáveis acabar transmitida aos filhos, restringindo ainda mais a mobilidade social brasileira.”
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