Programa de Suplementação de Ferro e Desverminação em Centros de Educação Infantil em Deli

Data de publicação: 20/12/2022

Data da última atualização: 29/03/2023

Qual o objetivo?

Combater a anemia por deficiência de ferro em crianças.

Onde e quando foi implementado?

O programa foi implementado nos anos de 2001 e 2002 na cidade de Deli, Índia, no contexto de um estudo experimental envolvendo aproximadamente 2.400 crianças em 200 centros de educação infantil geridos pela ONG Pratham.

Como é o desenho?

O programa teve por foco alunos de 2 a 6 anos e consistiu na provisão diária, pelo período de 1 mês, de suplementos nutricionais de combate à anemia (33.3 mg de ferro e ácido fólico) nas semanas que sucederam a eventos de promoção de saúde nas escolas, organizados pela Pratham em Dezembro de 2001 e Março de 2002. Nesses eventos, as crianças também receberam vermífugos (400 mg de albendazol).

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa:

  • as crianças nas instituições contempladas receberam, em média, 18 doses diárias de ferro e ácido fólico no período de 1 mês que sucedeu os 2 eventos, ou 60% do tratamento completo previsto para a implementação [1];
  • aproximadamente 6 a cada 10 crianças matriculadas nas instituições contempladas receberam os vermífugos durante o período de implementação [1];
  • aumento de 47 a 52% de um desvio padrão em um indicador normalizado de peso por altura, 4 meses após o início da implementação (em Março de 2002) [1];
  • aumento de 31 a 37% de um desvio-padrão em um indicador normalizado de peso por idade, também 4 meses após o início da implementação [1];
  • não foram encontrados efeitos estatisticamente significantes sobre altura ou em um indicador normalizado de altura por idade, ainda 4 meses após o início da implementação [1];
  • aumento de 3,4 a 4,7% (ou de 0,5 a 0,6 quilo) no peso, no mesmo horizonte temporal [1];
  • aumento de 8,3 a 11% (ou de 5,8 a 7,9 pontos percentuais) na frequência escolar durante o período, com efeitos concentrados em crianças com anemia severa ao início da implementação [1].
De onde vem essa informação?
  1. Bobonis, G. J., Miguel, E., & Puri-Sharma, C. (2006). Anemia and School Participation. Journal of Human Resources, 41(4), 692-721.


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