Programa de Reforço de Férias para Alunos com Baixo Desempenho em Chicago

Data de publicação: 12/05/2022

Data da última atualização: 21/12/2022

Qual o objetivo?

Diminuir a ocorrência de aprovações automáticas de alunos, introduzindo um sistema que pudesse nivelar seu aprendizado antes da progressão para o próximo ano.

Onde e quando foi implementado?

O programa foi implementado, em 1996, em todas as escolas públicas de Chicago. As informações abaixo referem-se a uma avaliação de impacto do programa entre os anos de 1996 e 1999, período no qual aproximadamente 50 mil alunos participaram das atividades do programa.

Como é o desenho?

Ao fim do 3º e 6º anos do Ensino Fundamental, foi instituída uma nova prova de avaliação diagnóstica, chamada Iowa Test of Basic Skills. Os alunos que ficaram abaixo de uma determinada pontuação nessa prova (que correspondia ao percentil 20 da distribuição de notas) participaram mandatoriamente de aulas de reforço durante as férias de fim de ano, por 6 semanas consecutivas.

Durante o período, as salas de aula foram relativamente menores do que no ano letivo, com aproximadamente 15 alunos, e um currículo estruturado e mandatório foi dado aos professores responsáveis. Ao final do período de reforço, o desempenho na mesma prova era utilizado como critério de decisão para progressão ou retenção dos alunos participantes.

O que aprendemos com o monitoramento e avaliação?

Foram documentadas, no artigo listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa:

  • aproximadamente 9 em cada 10 alunos do 3º e do 6º ano que não obtiveram a pontuação necessária ao final do ano letivo, frequentaram parcial ou integralmente as aulas de reforço durante as férias [1];
  • aumento, também para os alunos do 3º ano, de 14% de um desvio padrão nas notas em exames padronizados de Matemática, um ano depois da implementação [1];
  • aumento, ainda para os alunos do 3º ano, de 10% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Matemática, dois anos depois da implementação [1];
  • aumento, para os alunos do 3º ano, de 10% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura), um ano depois da implementação [1];
  • aumento, para os alunos do 3º ano, de 6% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura), dois anos depois da implementação [1];
  • aumento, para os alunos do 6º ano, de 8% de um desvio-padrão nas notas em exames padronizados de Matemática, um ano depois da implementação, embora este efeito tenha se dissipado dois anos depois da implementação [1];
  • não foram encontradas evidências de impacto nas notas em exames padronizados de Língua Inglesa (leitura) para alunos do 6º ano, nos mesmos horizontes temporais [1].
De onde vem essa informação?
  1. Jacob, B. A., & Lefgren, L. (2004). Remedial Education and Student Achievement: A Regression-Discontinuity Analysis. Review of Economics and Statistics, 86 (1), 226–244.


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