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Data de publicação: 12/05/2022
Data da última atualização: 20/12/2022
Aumentar o acesso de estudantes da rede pública à universidade e, ao mesmo tempo, estimular a diversidade étnico-racial e cultural.
O Programa de Ação Afirmativa e Inclusão Social (PAAIS) foi implementado em 2004, afetando os inscritos para o vestibular de 2005, que serviu como base de admissão, no mesmo ano, para matrícula na Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), no Brasil. O PAAIS sofreu alterações desde sua criação e os resultados abaixo se referem a estudos observacionais sobre seu impacto entre os inscritos no processo seletivo da Unicamp nos anos iniciais de sua implementação.
O PAAIS, que foi implementado por regulação da própria universidade, criou a possibilidade de que candidatos que cursaram os três anos do ensino médio em escolas públicas e/ou eram pretos, pardos ou indígenas solicitassem pontos de bônus no vestibular na ocasião do preenchimento do formulário online de inscrição. O desenho da política foi inspirado por um estudo descritivo que mostrou que os egressos do ensino médio público tiveram melhor desempenho nos cursos de graduação da universidade do que os de escolas particulares. Isso foi interpretado como sinal de que os egressos do ensino médio público poderiam estar sujeitos a um limiar de admissão mais baixo sem comprometer significativamente seu desempenho na universidade.
Os candidatos que declararam ter estudado os três anos do ensino médio em escolas públicas receberam um bônus de 30 pontos em sua pontuação da prova, montante que correspondia a 30% de um desvio padrão da distribuição de notas. Se esses candidatos se declararam, adicionalmente, pretos, pardos ou indígenas, eles receberam 10 pontos adicionais, totalizando 40 pontos. De acordo com o estudo referenciado no parágrafo acima, os valores do bônus foram escolhidos para equiparar as diferenças relativas de desempenho no vestibular em anos anteriores. O desenho estipulou, por fim, que candidatos negros, pardos ou nativos de escolas particulares de ensino médio não receberiam nenhum bônus.
Foram documentadas, nos artigos publicados e no artigo para discussão listado na seção abaixo, as seguintes evidências a respeito do monitoramento e do impacto causal do programa:
Experiências com ações afirmativas: o caso da Unicamp (Nexo Políticas Públicas, Rafael Pimentel Maia, Ana Maria F. Almeida e José Alves de Freitas Neto, 2022)
Ações afirmativas e inclusão social na Unicamp (Nexo Políticas Públicas, Rafael Pimentel Maia, Ana Maria F. Almeida e José Alves de Freitas Neto, 2022)
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