Visualizar como página web

2023 - Edição 10 | 24 de janeiro

Imds atualiza o estudo “Pobreza monetária de crianças e adolescentes no Brasil” e discute os principais destaques

Olá, Leitor

    A nova apresentação do Imds, Pobreza monetária de crianças e adolescentes no Brasil: 2020-2021, atualiza os indicadores dessa parcela da população, usando os microdados mais recentes da PNAD Contínua. Além disso, são analisadas as características da renda domiciliar e condições para o desenvolvimento de habilidades dos indivíduos entre 0 e 17 anos, em 2021, comparando a população pobre com aqueles pertencentes a domicílios dentre as 20% maiores rendas. Os dados trazem os números da pobreza monetária de crianças e adolescentes em um período de grande preocupação da sociedade e dos gestores de políticas públicas – o segundo ano da pandemia de Covid-19.

   Nas análises realizadas, foram utilizados os dados disponíveis no painel de indicadores de Crianças e Adolescentes – em que é possível selecionar a série histórica e a linha de pobreza (regional ou nacional). Entre 2020 e 2021, houve um aumento de 7,8 pontos percentuais no número de crianças e adolescentes pobres, o que equivale a uma adição de 4,11 milhões de crianças e adolescentes em situação de pobreza. Vale ressaltar que as primeiras medidas tomadas pelo governo federal em relação ao Programa Bolsa Família (PBF), como o aumento de 150 reais por criança de até 6 anos somado ao benefício básico, parecem priorizar a busca de contenções no aumento da pobreza entre crianças e adolescentes.

   Para a mensuração da pobreza monetária, foi utilizada a linha regionalizada proposta por Ipea, IBGE e CEPAL, atualizada para o período de referência. Como se sabe, as métricas de pobreza monetária são menos subjetivas e se baseiam em parâmetros mais bem fundamentados do que de outras dimensões de pobreza. Para as 20% maiores rendas, foram consideradas as rendas domiciliares per capita do Brasil - ou da região de referência, podendo o visitante escolher a referência.

   A parcela da renda domiciliar proveniente do trabalho e a parcela da renda domiciliar proveniente de transferências sociais são alguns dos indicadores que caracterizam a renda domiciliar entre essa parcela da população exposta à pobreza. Para mensurar e comparar as condições favoráveis ao desenvolvimento humano, o estudo destaca algumas características relevantes, como porcentagem de indivíduos que vivem com responsáveis que não completaram o ensino fundamental (47,9% entre os pobres e apenas 4,0% entre os 20% mais ricos) e a percentagem de indivíduos com 2 anos ou mais de defasagem idade-série (13,9% entre os pobres e 2,6% entre os 20% mais ricos). São discrepâncias significativas que inibem o desenvolvimento humano de parcela da população de crianças de jovens.

    De forma geral, o material traz subsídios para a identificação de indícios de baixa mobilidade intergeracional na base da pirâmide social, o que deve ensejar maior preocupação por parte dos formuladores e implementadores de políticas públicas voltadas para a acumulação de maior capital humano entre os mais pobres do País.

    O objetivo da apresentação é articular informações que auxiliem na definição de intervenções para a redução das desigualdades, proporcionando maior mobilidade social. Por isso, convidamos o público a visitar o nosso site e explorar os dados discutidos na mais recente apresentação.

     Até a próxima “Carta do Imds”!

 

        Paulo Tafner

        Diretor-presidente


Você está recebendo este e-mail pois em algum momento teve contato conosco ou se cadastrou em nosso site. Agradecemos o seu interesse. O Imds é uma associação privada sem fins lucrativos, mantida por patrocinadores privados, com governança aos cuidados de um conselho de administração formado por nomes de excelência ou de gabarito reconhecido. O instituto não tem filiação político-partidária: ele se propõe a unir academia e administradores em torno de projetos de impacto duradouro no bem-estar dos cidadãos atendidos.

Enviado por Instituto Mobilidade e Desenvolvimento Social – Imds

Fale conosco pelo contato@imdsbrasil.org

Se deseja não receber mais mensagens como esta, clique aqui.